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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Querer vestir-se com a roupa dos outros:

Que título estrambólico diz quem lê este texto. Mas acho que não. Depois de se aperceberem ao que me dirijo dizem que o título nada tem de estrambólico. Querer vestir-se com a roupa dos outros é como dizer querer ser aquilo que não se é. Usava-se antigamente, no tempo em tudo faltava, quando se precisava de tirar fotografias ir pedir emprestado um casaco ou uma gravata - quando não eram os fotógrafos a ter estes utensílios como reserva para estas ocasiões - para se ficar bem na fotografia. Mas nos tempos de hoje ainda há quem necessite de pedir emprestado, não um casaco ou gravata, mas favores para a sua cotação subir entre o eleitorado ou entre os seus munícipes. Foi o que aconteceu no passado mês de Dezembro com a celebração da feira/festa em honra de S. Luzia em Freamunde.
A Câmara Municipal de Paços de Ferreira nas pessoas do seu Presidente da Câmara e Vice-Presidente aproveitaram este evento para saírem bem na fotografia. Aliás o vice-presidente até tentou enaltecer uma pessoa à custa de outras. Não quero dizer que a tal dita pessoa não tivesse papel de mérito na elaboração do evento. Teve. Mas o Vice-Presidente esqueceu as outras pessoas ou conveio-lhe o esquecimento.
Assim pessoas como os funcionários da Junta de Freguesia de Freamunde, a sua Presidenta e a Polícia Municipal, tiveram papel de tanto mérito ou mais que a tal pessoa que o Vice-Presidente tentou emoldurar.
Sei que ao escrever este texto vou ser apelidado outra vez de “pau mandado”. Mas nada me importa. Se para defender Freamunde e o seu órgão máximo (Junta de Freguesia) é-se pau mandado então que continuem a intitular-me. Até me podem chamar de extremista. Mas também entre extremista e moderado antes prefiro o extremismo. É que o moderado pode “comer” num lado e no outro. Ao contrário do extremista só pode “comer” de um lado.
Depois vieram para a festa/feira de S. Luzia tecerem elogios mas sempre com a intenção de favorecer a sua imagem. Aproveitaram a vinda do programa “Aqui Portugal” que nesse dia fez um directo sobre a festa/feira de S. Luzia como se estivessem a promover o evento. Mas sabe, quem como eu, que o evento tem séculos de existência e não precisa que o venham elogiar através de transmissões televisas. Com isto não quero dizer que é de menosprezar. Não! Tudo o que vier de suplementar é bem-vindo. Mas querer se mostrar à custa dos outros isso é que não!
É que para a RTP1 vir a Freamunde fazer o directo teve os seus custos. Custo esse até à data suportado pela Junta de Freguesia de Freamunde no que concerne à logística. E não ficou nada barato. Nove mil euros (9000€). Para quem tem um orçamento diminuto é muito dinheiro.
Mas o mais interessante é que a festa/feira de S. Luzia produz cobrança de impostos pagos pelos feirantes do espaço ocupado, o que é chamado e conhecido por terrado. Estes impostos cobrados podiam servir para suportar as despesas com a logística. Mas até à data nada. Por isso continuo a afirmar que a Câmara Municipal de Paços de Ferreira quis se vestir com a roupa dos Freamundenses.
Com isto também quero dizer senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira que pode continuar a intitular-me de “pau mandado”. Mas se julga que com isso me calo, engana-se. Ou pode continuar a adjectivar-me que isso ainda me dá mais forças para defender Freamunde. É que para mim Freamunde está acima de todos os partidos.

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