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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Esperava-se esta reacção:

Há quem esteja indignado com Mário Soares sobre a forma como tratou os juízes e a comunicação social da maneira como lidaram com o caso José Sócrates. Dizem que Mário Soares foi deselegante e malcriado. Mas quem nunca se importou com um ser humano, como é José Sócrates, onde não faltou a maledicência e humilhação, venha agora reclamar ponderação para com os seus.
O sindicato dos magistrados do Ministério Público vê nisso uma difamação para com os juízes Carlos Alexandre e Rosário Teixeira, dois homens que lidam ou lidaram com o caso denominado de operação Marquês. Como é fácil opinar em causa própria. Mas não tem a mesma opinião com o corporativismo que grassa no Ministério Público.
Aqui não interessa criticar o abuso do segredo de justiça. É que salta aos olhos das pessoas a forma como precisam destas fugas para dar consistência às suas resoluções. Não fosse assim, não colhiam a divisão entre os portugueses. É que sabe bem deixar fugir o segredo de justiça para outros fazerem o seu trabalho.
Não há dia, desde que teve início este processo, que as televisões e os jornais não nos brindem com mais um caso. Ele é: a visita à casa da ex-mulher de José Sócrates e outras coisas que não vale a pena enumerar. Já enjoa tanto disparate.
 O sindicato dos magistrados do Ministério Público devia primar por proteger mais o segredo de justiça. Aqui sim. Todos ficávamos gratos. Mas ao invés disso exultam. Depois ficam aborrecidos com as tiradas de Mário Soares. Mas antes disso deviam de olhar para as suas telhas de vidro. É que Mário Soares não tem medo das palavras. Diz-lhas com a eloquência dos seus noventa anos.
E gosto mais de ouvir Mário Soares, alguns dizem que está caduco, mas faz ver a esta nova praça de “intelectuais”, que de intelectuais nada tem, e só vociferam o que outros mandam, ou o corporativismo, ou a maçonaria.
Por isso entendo que Mário Soares faz bem em defender José Sócrates enquanto ele gozar da presunção de inocência. E… diga que houve malandros que brincaram com a liberdade dele.
Não fica mal a ninguém defender um amigo quando ele precisa porque os homens que o deviam fazer não o fizeram. Usaram o seu justicialismo. E a justiça não é isso.       

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