De cinco a dez de Julho, Freamunde engalanou-se para receber os
milhares de forasteiros que nestes dias nos visitam. Antes houve a semana
cultural em que esta tem o carimbo da Associação Cultural e Recreativa Pedaços
de Nós. Os Freamundense ficam orgulhosos pois foi mais um ano em que as
Sebastianas foram um êxito. Vê-se o esforço de ano para ano em tornar e levar
longe o nome que nos legaram: paz (Frieden) boca (Munde) Freamunde.
Bastamos nós. Não necessitamos dos órgãos de comunicação social,
jornais, rádio ou televisão para publicitar. Somos como o vinho (Porto Sandeman),
a sua fama vem de longe. Assim são as Sebastianas de Freamunde.
O centro de Freamunde está a ser exíguo para receber tantas barracas de
diversão, roulottes de comes e bebes e de venda de bugigangas. Nos dias de
maior afluência, todos o são, mas há dois, domingo na hora da procissão e
segunda-feira na noitada, principalmente na passagem da marcha alegórica,
torna-se difícil arranjar lugar para assistir quer a um quer a outro evento.
Precisava do triplo do espaço. É com grande esforço e sorte que ela tem
irrompido desde o seu início até ao seu término. S. Sebastião tem-nos protegido
para que não suceda nenhum desastre. Este ano aconteceu o mesmo.
Desde as vinte e uma horas, com a entrada dos grupos de bombos, até às
três da madrugada, hora em que a marcha termina, são horas extremamente loucas.
A juventude com o seu calor folião – desde que não haja excessos - dá uma vida
à noitada que para mim é única no País e tenho ido a várias. Qualquer jovem nas
noitadas das Sebastianas quer seja de Freamunde ou não sente-as como suas.
Dão vivas aos grupos de bombos, de samba, carros alegóricos – de há uns anos para cá obedecem a um tema escolhido pelos festeiros – ranchos folclóricos e ainda uma variedade de figurantes, todos são acarinhados pelos foliões o que às vezes se torna custoso para os próprios grupos.
Dão vivas aos grupos de bombos, de samba, carros alegóricos – de há uns anos para cá obedecem a um tema escolhido pelos festeiros – ranchos folclóricos e ainda uma variedade de figurantes, todos são acarinhados pelos foliões o que às vezes se torna custoso para os próprios grupos.
Mas… Freamunde é assim. Desde tempos imemoriais foram educados para
fazer das Sebastianas o seu ex-libris. Nunca por nunca deixam de vibrar. Porque
festa é sinónimo de alegria. Tive oportunidade de assistir a mais um ano. Foi
gratificante ver a alegria que brotava dos corpos de quem assistia, quer com as
suas cantorias, danças a colaborar com os grupos de samba e bombos. Foi um
fartar de suor que escorria pelos poros e notava-se quer nas suas faces ou
vestes. Depois socorrem-se das bebidas, quer água ou cerveja.
A companhia de Cerveja Sagres investe aqui forte e feio porque sabe que
as Sebastianas são um cartaz rico para a sua publicidade. É como digo em cima.
Não precisamos que nos façam publicidade, nós é que a fazemos. Por isso acho
que quem fica a perder é a comunicação social. Aliás se um dia aparecerem por
cá tem de pagar um cachê como acontece com a cerveja Sagres.
Estou a escrever este texto antes da tomada de posse da Comissão de
Festeiros para dois mil e treze. Sei que nessa altura estão com uma camada de
nervos e dor de barriga. Isso é próprio do ser pensante. Mas tenham fé que o
Mártir S. Sebastião vela por vós.
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