Conheci as conclusões do relatório sobre o acidente com elevador da Glória. Escutei a sua explicação de que se tratava de erros técnicos. Foi óbvia a sua fuga à responsabilidade política. Não sei a verdade. Agora sei que aqueles resultados periciais, impõem que o senhor Presidente retire consequências sobre a gestão da Carris. São tantos os erros e desleixos que não é apenas o Conselho de Administração que deve ser varrido. Percebe-se que existem estruturas intermédias de gestão que precisam de ser saneadas e com ações de responsabilidade civil contra elas. Não se matam impunemente dezasseis infelizes e a empresa segue ligeira e feliz a sua caminhada aventureira sem prestar contas.
Ou tem essa coragem pessoal e política ou, então, ficará no seu currículo a morte destas pessoas.
Sou um desiludido com o patamar de mediocridade a que chegou a gestão política, vaga, vazia, oca, sem sentido, alinhando no fácil e na autodefesa. Cada vez menos é serviço público. Cada vez mais é a cativação de lugares de privilégio. Porém, quero acreditar que o senhor Presidente, perante situação tão grave, não vai refugiar-se nas questões técnicas para lavar as mãos como Pôncio Pilatos, escondendo-se na política.
Ou corre com a ninhada de incompetentes que vão destruindo a Carris, e o bom nome de Portugal ou, temo, que será o senhor Presidente a ter vergonha de si próprio.
Não tenha medo. Os portugueses agradecem, digo eu.
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