Na Antiguidade, a Síria incluía a Mesopotâmia (atual Iraque) e o Líbano, foi sucessivamente ocupada por canaanitas, fenícios, arameus, hebreus, egípcios, sumérios, assírios, babilónios, hititas, persas, gregos e bizantinos.
Entre os séculos XII e VII a.C., desenvolveu-se, na parte central de seu litoral, a Civilização Cananeia, conhecida pelos gregos como Civilização Fenícia, de marinheiros e comerciantes e que, caso raro, não tinha por objetivo expansão territorial, nem unificação política (as cidades fenícias sempre foram independentes).
Os fenícios criaram a primeira civilização mercantil do planeta, inventaram o alfabeto, a construção de barcos adequados para a navegação em mar aberto, o fabrico de cerâmicas e de tecidos, a sistematização dos conhecimentos geográficos . A difusão desses elementos em toda a região do Mar Mediterrâneo está na origem daquilo que viria a ser chamado de Civilização Ocidental, cujos principais expoentes foram os gregos.
Após a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., o seu Império foi dividido e Síria passou a centro do Império Selêucida em homenagem a Seleuco, que fora um general de Alexandre. Posteriormente, a região passou a ser uma província do Império Romano, e a ser constantemente agitada por guerras entre fações locais e fações ao serviço de impérios em ascensão ou decadência. Foi a este ponto que a Siria regressou em Dezembro de 2024. Deixou de ser uma entidade política e militar e passou a ser um campo de batalha para novos e velhos poderes em disputa. Um cadáver disputado por abutres e chacais. Por necrófagos. Podem ser vistos e escutados ao vivo nas TVs.
Carlos Matos Gomes
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