Foram indignos os ataques a que o partidarismo levou Marques Mendes, Paulo Portas e outros mediáticos comentadores que abriram hostilidades ainda antes dos deputados do PSD e IL se atirarem a Pedro Sanchéz como gatos a bofes. Depois vieram os deputados em Lisboa e Bruxelas a repetir o discurso de Rangel em Madrid na campanha eleitoral do PP. Sebastião Bugalho, o comentador que o PSD disputou ao Chega para liderar os seus deputados europeus, foi a vedeta.
Na militância esqueceram que o Governo central só podia intervir depois de solicitado pela comunidade autónoma que resistiu a pedi-lo durante quatro dias. Era a sanha contra a esquerda, o regresso ao aproveitamento político da tragédia de Pedrógão, depois do recente silêncio com a Madeira, já com o governo da AD em Lisboa.
Foi assim que comentadores da direita omitiram que a coligação PP/VOX do governo de Valência liderado por Carlos Mazón, extinguiu a Unidade de Emergências local com o argumento de ser um gasto prescindível, destinando novas verbas para a tauromaquia. Nem o facto de Mazón ser um negacionista das alterações climáticas os alertou.
Só lhes interessou, tal como aos jornais mais reacionários de Espanha, acusar de fuga e cobardia o PM que a segurança pessoal retirou da turba que lhe atirava pedras e destruiu o carro, Pedro Sanchéz, numa onda de violência incitada pelo VOX.
O sr. Alberto Núñez Feijó percebeu cedo que Carlos Mazón não era só inútil e perigoso, era também ignóbil, e foi preciso o diretor da Unidade Militar de Emergências (UME) explicar que dispunha de “1.000 soldados na porta da emergência” e não podia intervir, para que o líder do governo valenciano se apercebesse da sua irresponsabilidade.
Em Portugal, os eurodeputados Sebastião Bugalho e Lídia Pereira continuam a acoimar Sanchéz de traidor e os comentadores referidos continuaram a bandalheira informativa.
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