Durante toda a campanha eleitoral, os jornalistas, por cá com especial incidência nos da CNN, apresentaram sempre Kamala como a favorita dos americanos e atribuiram-lhe todas as virtudes. Os excertos dos seus comícios, eram, obviamente, cuidadosamente escolhidos, numa tentativa desastrada para mostrar o melhor de Kamala. Não havia melhor. Em todos os momentos, Kamala mostrou um vazio espacial, pouco mais do que " temos muito trabalho para fazer" e deixava ideias como esta no ar, em suspenso. Qual trabalho? Kamala não sabia. Haveria de ser algum. Depois, quando fosse eleita logo se veria. Esta foi a campanha generosamente distribuída entre chavões e risos de hiena nervosa, cercando a Casa Branca, presa suculenta e apetecível. Kamala nunca teve mais para dar ou para dizer do que este "temos muito trabalho para fazer" , acreditem. Se tivesse, as CNN's desta vida tê-lo-iam mostrado.
Já Trump, a quem os jornalistas, mais uma vez, se encarregaram de minar fazendo o inverso, mostrando sempre o seu pior, a meio daquele jorro de bacoradas típicas de Trump, conseguiu dizer aos americanos qual era o trabalho que tinha( tem) para fazer. E os americanos, cada vez mais fartos de empobrecer para alimentar guerras e cada vez mais irritados com a agenda woke extensível à questão da imigração, perceberam que o trabalho que Trump se propunha a fazer, tinha ( tem) mesmo que ser feito.
A manhã da vitória surge nos ecrãs cheios de comentadores e jornalistas ocupadíssimos a dissecar Kamala, encontrando-lhe agora, afinal, os defeitos e apontando-lhe as falhas. Oh...afinal não era assim tão boa candidata. Oh...afinal era fraca. Oh...afinal não apresentou ideias...
Quanto ao Trump que hoje aparece nos média...Não, não enaltecem Trump, não se atreveriam a tanto, mas um comentador após outro, um jornalista após outro, lá vai engolindo o sapo e regurgitando aqui e ali palavras amargas, infames, impensáveis...afinal, bolas, bolas... 'Trump tem uma ou outra qualidade que, com muito esforço, andámos anos a esconder. " Não o dizem com estas palavras, claro. Mas, quando falam, é bonito ver naquele quase vómito de elogio a Trump, uma perninha do sapo que ainda está preso nas suas gargantas. Sim, é bonito de se ver. Muito bonito.
Ana Kandsmar
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