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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Quatro maus anos de Biden:

O crescente desemprego, o aumento do custo de vida, o aumento do crime, a política externa desastrosa quanto à Ucrânia e o arrasto financeiro da Europa para um sorvedouro bélico, clivagens sociais muito mal geridas e a falta de dinheiro deram cabo do Partido Democrata norte-americano.
Acrescente-se a isto a desastrosa campanha de Biden e o tardio endorsment a Kamala, que restava ao povo americano?
Um condenado megalómano negacionista, mentiroso e misógino, que nunca perdeu a sua base popular e eleitoral, conhecido mundialmente e com mais carisma que Kamala.
Some-se a isto um atentado, e temos a fórmula perfeita para a vitória.
Nós por cá chamamos de burros aos americanos, mas não percebemos, ou não nos deixam perceber, as idiossincrasias americanas, que adoram um bom espectáculo e factos como o eleitorado dito latino e africano ter votado maioritariamente em Trump e nem sequer perguntarmos porquê, ou os muçulmanos americanos terem votado maioritariamente em Trump e nem sequer perguntarmos porquê.
Dizemos nós que os americanos são burros - e nós?
Na euforia do triunfo, Trump disse as suas costumeiras alucinações, como ir acabar com as guerras e construir o muro no México, mas isto é o que ele sabe muito bem que os americanos gostam de ouvir; como bom homem de negócios, vai guiar-se pelo que dá lucro ou não, e Trump é isto mesmo: uma vedeta americana muito prática, com os olhos postos no lucro e enquanto não perceberem isto, nada de jeito será dito.
E os americanos, acima de tudo, adoram a possibilidade de um comeback épico, e assim o tiveram hoje.
A História repete-se, e em farsa.
De passagem, a História nos mostrou que esta última década americana, com e sem Trump, enfraqueceu a Europa, permitiu o poder a criaturas como Orban e Stoltenberg, lançou Rússia e Ucrânia em guerra, e o mais que há-de vir.
Suspeito que Putin, no Kremlin, abre garrafas de champanhe e ri-se, Xi Jinping sorri e Trump dança e apalpa o rabo à Melania.
Gostaria de concluir afirmando é lá com eles, como me ensinaram os velhos anarquistas da minha juventude, mas não posso.

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