Toda a gente tem acesso às imagens obscenas de há um ano, do então líder da oposição, um Montenegro muito pimpão, a defender que era incompreensível e imperdoável que o governo não tivesse antecipado esse défice de professores, salientando a sua - dele... - capacidade de antecipação e prometendo remédios imediatos e eficazes através de uma gestão competente do Ministério da Educação.
Hoje, esse mesmo Montenegro pimpão diz, de bolinha mais baixa, que há que dar tempo - talvez porque o seu ridículo plano alegadamente salvífico da colocação de professores a tempo em todos os horários disponíveis, se tenha revelado uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma.
Se adicionarmos a isto, o que se está a passar com o sector da Saúde - com uma ressabiada ministra que não precisa de fazer ou dizer mais nada para mostrar o quão incompetente é -, uma ministra da Segurança Social e do Trabalho que entrou a pés juntos a varrer adversários políticos à bruta, e anda agora caladinha que nem um rato para ver se ninguém dá por ela, uma ministra da Administração Interna que admite as dificuldades de combate aos incêndios por problemas de "urologia", uma ministra da Justiça que sacode a água do capote quando fogem cinco perigosos criminosos da prisão, como se não tivesse nada a ver com isso, só nos faltava um ministro da Defesa que, pateticamente e sem qualquer articulação com o ministério dos negócios estrangeiros, dá opiniões pessoais em eventos oficiais, reclamando publicamente as pretensões do Estado português à posse de Olivença.
Isto será talvez uma procissão de demagogos, um cortejo de narcisistas, uma marcha de deslumbrados.
Agora, um governo, não...
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