Enquanto as televisões se alimentam dos fogos e do sofrimento vão-se anestesiando as pessoas, já esquecidas da falta de segurança do País, desde o roubo de computadores com segredos de Estado, no próprio MAI, à fuga de criminosos violentos de uma prisão de alta segurança.
Os fracassos escondem-se com promessas e proclamações, os erros desculpam-se com a herança do anterior governo, o caos passou a constrangimento, as situações dramáticas a difíceis e a incompetência a vontade de mudar.
É nestas situações que se revela o carácter das grandes figuras nacionais e dos pequenos figurões. Vale a pena recordar como o PR destruiu a ministra Constança Urbano (MAI) nos fogos de Pedrógão e como se comporta agora. Ouvi-o a aconselhar políticos, e a si próprio, a ficar longe do teatro de operações do combate aos incêndios, surgindo como porta-voz do PM e a seu lado, sem vontade de ir em sucessivos fins de semana à missa a Tábua como ia à de Pedrógão ou em périplo fúnebre ao funeral dos bombeiros agora mortos, com o PM e o PAR, como foi ao dos bombeiros do Douro.
O PM, perante tragédia igual, não empunhará a agulheta de bombeiro como o fez com o colete nas águas do rio. É mais fácil procurar mortos a navegar nas águas do rio do que a circular na estrada da morte a caminho de Tábua.
Perdido o sorriso de roberto, basta ao PM o ar compungido a chantagear o PS para lhe aprovar na República o OE/25 que nos Açores e Madeira o PSD negociou com o Chega.
Curvo-me com profundo respeito perante as vítimas dos incêndios com náusea das três principais figuras do Estado português.
Carlos Esperança
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