Claro que Portugal precisa de estabilidade política, mas o autor da instabilidade é quem menos autoridade tem para a reclamar e, muito menos, para chantagear o partido que derrubou para permitir uma AR com 50 deputados fascistas e 8 extremistas neoliberais e exigir agora a capitulação do PS para aprovar o Orçamento para liquidar o que resta da social-democracia.
Um dos poucos poderes efetivos que a Constituição reserva para o PR, após a revisão que Mário Soares e Sá Carneiro impuseram, para evitar a queda de sucessivos governos no primeiro mandato de Eanes, é a livre dissolução da AR, apenas precedida da audição do Conselho de Estado que, aliás, não precisa de estar de acordo, como aconteceu na última dissolução.
Por isso se exige na Presidência da República um/a titular que não seja um aventureiro, mas alguém com sentido de Estado. Não me cansarei de o repetir.
Carlos Esperança
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