Não sou brasileiro e não resido no Brasil. Sou um português nado e criado no subsolo português. Tenho tido interesse pelo que se tem passado no Brasil após as eleições de dois e trinta de Outubro através dos vídeos no Facebook e Instagram.
O que tem ocorrido é de quem não sabe perder. Para haver uma
vitória tem de haver uma derrota. Tanto a vitória como a derrota dever ser
encarada como um acto democrático.
Só que no Brasil e outros Países autocráticos as pessoas não
concordam com as derrotas. Julgam-se omnipresentes. E por isso originam a baderna.
Na baderna aparece de tudo. Telemóveis na cabeça a pedir a
vinda de extraterrestres, orações para um pneu de tractor, acampamentos junto
dos quartéis, um pouco de tudo.
O Exército a pactuar com isto tudo. Não haver que entre
tantos pelo menos um assumisse a desordem. Lembro que no vinte e cinco de Abril
de mil novecentos e setenta e quatro em Portugal, aquando do golpe o Exército
Português, os seus oficiais, deram a cara para o bem e para o mal. A isto se
chama homens com espinha dorsal. Agora atirar a pedra, esconder a mão, ou que
fuja para outro país, é covardia.
Depois vem a “mídia” com todo o tipo de notícias. Os que
querem o golpe e os que não querem. Até os manifestantes (golpistas) que antes julgavam
que tudo era deles agora que estão detidos dizem que nada fizeram. Uma coisa,
fizeram: aglomeração.
Porque se não quisessem baderna tinham-se desmobilizado.
Assim contribuíram para que outros se achassem com força e destruíssem tudo.
Agora reclamam por tudo e nada. Antes não se importaram com quem prejudicaram.
Quando há um motim e quem não quer fazer parte da contenda
deve se afastar. Porque assim é como quem rouba fruta e quem fica à porta: ambos
são ladrões.
Pelo que tenho notado a bagunça ainda não está eliminada. Há
muito “cão grande” com rabo de fora. E dos covardes há que ter sempre medo.
A democracia é um bem flexível. Por isso há que ter olhos bem abertos.
Manuel Pacheco

Sem comentários:
Enviar um comentário