Em declarações à TSF, o responsável sublinha que “o desaparecimento de David Sassoli é uma notícia absolutamente devastadora, é uma grande perda para o projeto europeu”.
“David Sassoli conseguiu um feito extraordinário. Ele dirigiu o Parlamento Europeu, uma grande instituição internacional, num momento muito difícil, em plena pandemia, e conseguiu manter o Parlamento Europeu sempre operacional, apesar de todas as dificuldades”, afirmou à estação.
Para Pedro Silva Pereira, Sassoli foi “muito importante para que o Parlamento pudesse aprovar as medidas de resposta à crise, que eram propostas pela Comissão Europeia e pelo Conselho”, afirmou. “Foi um homem capaz de ter uma palavra sempre oportuna nos momentos difíceis do projeto europeu e na resposta à crise”, adiantou.
Assumindo agora o cargo de presidente interino do Parlamento Europeu, o responsável sente-se honrado. “A primeira vice-presidente é a maltesa Roberta Metsola, que sendo agora candidata à presidência do Parlamento Europeu, certamente não estará em condições de suceder, portanto interinamente é natural que eu assuma as responsabilidades”, disse.
“É uma honra certamente, mas é sobretudo uma grande responsabilidade, num momento tão delicado, da vida do Parlamento Europeu, que aliás não tem precedentes”, afirmou, citado pela ‘TSF’.
Recorde-se que David Sassoli, morreu hoje aos 65 anos de idade, após mais de duas semanas num hospital em Itália, devido a uma disfunção do seu sistema imunitário, disse o seu porta-voz, Roberto Cuillo.
“O Presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, morreu à 1.15 da manhã [00:15 em Lisboa] do dia 11 de janeiro no hospital de Aviano, Itália, onde se encontrava hospitalizado. A data e o local do funeral serão comunicados nas próximas horas”, afirmou.
David Sassoli estava hospitalizado com “complicações graves” devido a uma “disfunção do sistema imunitário”.
Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo, França, e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do Parlamento, regressando no final do ano.
Pedro Silva Pereira
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