Assisti ontem aos Prós e Contras que a RTP transmitiu no primeiro canal. Era sobre a saúde. Ou melhor sobre “a saúde das urgências hospitalares”
nos hospitais portugueses. Fizeram parte do debate Fernando Leal da Costa,
Secretário de Estado Adjunto do Ministério da Saúde, Pedro Nunes, ex-bastonário
da Ordem dos Médicos, Manuel Pizarro, antigo Secretário de Estado da Saúde, e José
Manuel Silva, actual bastonário dos Médicos. Convém dizer que o Ministro da
Saúde, Paulo Macedo, foi convidado mas declinou no seu Secretário de Estado
Adjunto.
Todos ficamos a perceber. Se o Ministério da Saúde andasse na mó se
cima quem ali comparecia era Paulo Macedo. Ainda me lembro quando despoletou a
doença da Legionella e depois do caso estar quase resolvido nos directos
televisivos, nos noticiários, Paulo Macedo não mandava nenhum Secretário de
Estado Adjunto. É que quando as coisas correm bem até se atropelam para
aparecer nas televisões. O pior é quando corre mal como o caso das mortes nas
urgências hospitalares e o tempo de espera.
Os Prós e Contras foram um programa para o governo lavar a sua imagem e
de promoção a Fátima Campos Ferreira. Nos outros programas dos Prós e Contras,
Fátima Campos Ferreira não elabora uma lista e a divulga como o fez ontem. Está
ali como disse para se autopromover. Não precisa. O seu tempo de serviço na RTP
chega e sobra para não andar a ser uma lambe botas. Isso é para os que estão a
começar a carreira.
Também não fez referência nenhuma à ausência de Paulo Macedo. E quando
o Secretário de Estado adjunto disse que a saúde estava melhor que no governo
de José Sócrates não teve a intuição de lhe dizer: isso vê-se com a ausência de
Paulo Macedo. Também Manuel Pizarro podia acabar com o ar de fanfarrão do
Secretário de Estado Adjunto dizendo-lhe que isso se notava com a sua presença
na cadeira que devia de ser de Paulo Macedo.
Por isso digo que a oposição ao governo de Passos Coelho deve ser firme e frontal. Se assim não for a RTP vai passar a ser o órgão oficial de propaganda do PSD. Por alguma coisa a administração da RTP foi substituída. É que para esta gente não chega ter um Governo uma Maioria e um Presidente da República. Querem tudo.
Por isso digo que a oposição ao governo de Passos Coelho deve ser firme e frontal. Se assim não for a RTP vai passar a ser o órgão oficial de propaganda do PSD. Por alguma coisa a administração da RTP foi substituída. É que para esta gente não chega ter um Governo uma Maioria e um Presidente da República. Querem tudo.
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