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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Já não era sem tempo:

Que a chuva nos devia largar. Mais de dois meses a chover quase diariamente e a chuva a fazer os seus estragos. As estradas todas esburacadas. Os caminhos todos enlameados e os canais por onde devia passar a água da chuva todos entupidos. Toda a gente barafustava mas ninguém tinha razão. Se fossemos mais previdentes estas situações não aconteciam. Mas só nos lembramos de Santa Bárbara quando troveja.
É ver a calamidade que aconteceu nas povoações à beira-mar. Todos reclamam. Mas não se lembram do mal que causaram com construções em terreno do Mar. E… diziam os antigos: o Mar mais cedo ou mais tarde vem buscar o que é seu. E foi o que aconteceu à Costa da Caparica, ao Furadouro e tantas localidades que furtaram ao mar o seu espaço.
Soube bem as infra-estruturas ali construídas. Os impostos que se pagaram, o lucro que a restauração teve e o tempo de ócio que os populares passaram a usufruir. Só que não se pode ter sol na eira e chuva no nabal ao mesmo tempo. E assim foi.
Só que a mãe Natureza ficou aborrecida com o que lhe estão a fazer. E como paga resolveu castigarmos. E que castigo! Dois meses a chover e pelo meio mandou-nos uns ciclones que destruíram os nossos parcos haveres. Pode ser que daqui para o futuro o homem não brinque tanto com o mar e a natureza. O respeito pelos outros é muito bonito. Mesmo que sejam mais fracos. Mas não foi o caso.
Espero que este sol que que nos brindou hoje seja para muito tempo que farto de andar de guarda-chuva ando eu e já não é sem tempo que o devo largar.     

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