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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Victor Gaspar, o Jorge Jesus das Finanças:

Hoje, na audição ao Ministro das Finanças, na Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal, por parte da Troika, que assisti na íntegra, fiquei estupefacto com o que ouvi e vi. Victor Gaspar a uma pergunta do deputado do PS, Basílio Horta, fez um chorrilho de acusações ao PS pela forma como negociou o programa de ajuda financeira a Portugal por parte do Governo PS com a Troika, liderado na pasta das Finanças por Teixeira dos Santos.   
Foi deselegante tanto para Basílio Horta, PS e Teixeira dos Santos, este actualmente não é deputado do PS, pelo que não se podia defender. Espero que Teixeira dos Santos o faça nos órgãos de comunicação social para defesa da sua honra. 
Victor Gaspar usou tal maneira e despropósito que levou o Presidente da Comissão, Vieira da Silva, deputado do PS e Ministro do anterior Governo, no final da audição a corrigir a forma e tempo como Victor Gaspar o fez.  
Victor Gaspar está a ficar como o governo: cansado e sem jeito para coisíssima alguma. O que me admira é os deputados da maioria suportar tal coisa. 
Ao dizer que o programa da Toika foi mal delineado, ao fazer estas afirmações, está também a culpar Passos Coelho, que disse que era o seu programa, que com o tempo ainda o levava para além do da Troika, assim como Eduardo Catroga que até tirou uma fotografia acompanhado de Teixeira dos Santos, que Eduardo Catroga fez questão, para mais tarde recordar. 
Esta cena passou em toda a comunicação social com Catroga todo garboso. Quando assim acontece as manifestações tem carácter de vitória porque ainda não vi alguém manifestar-se e sorrir na derrota.
Victor Gaspar ainda há dias acusou Anselmo Crespo, repórter da SIC, por deselegância numa pergunta que fez ao representante do Eurogrupo. 
Não há pachorra para o aturar. Não tem métodos e em tudo que toca produz efeito contrário. Os analistas políticos estão agora a perceber no logro que caíram ao tecer-lhe elogios.
Mas... enquanto isto quem sofre é o povo. Esta situação faz-me recordar uma antiga, vivida por mim, quando tirava a especialidade de Rádio Telefonista no Quartel de Caçadores 5 em Campolide, Lisboa. 
O meu pelotão era comandado por um Aspirante - não me recordo do nome - nos exercícios de educação física, alguns soldados por não estarem ambientados com a ginástica, não a executavam segundo as suas regras. Então punha-nos numa posição de flexões e com voz à Victor Gaspar - longe de mim pensar que tal personalidade um dia vinha aparecer na minha vida - fazia um sermão como desejava que correspondêssemos aos seus exercícios. Fazia com tal sadismo que via correr as lágrimas pela face de alguns soldados que ainda sorria. Se ele soubesse o que nos ia na alma não tinha vontade do sadismo e riso que nos presenteava.
Tudo acontecia porque éramos uns pobres soldados. É o que acontece com Victor Gaspar. Sabe que a maioria dos portugueses não tem recursos e são obrigados a executar os exercícios para os quais ele não está habilitado. 
Faz experiência atrás de experiência e não vê na posição de flexões que nos está a pôr como esse Aspirante a quem tive o infortúnio de ter como comandante do meu pelotão. 
Mas, ao menos o Aspirante assumia que era a vontade dele. Ao contrário Victor Gaspar torna as culpas a outros.

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