De um ministro do governo de Portugal o que se espera é que seja
íntegro e verdadeiro. Já nos bastava o primeiro-ministro, agora aparece o da
economia e não sei de quantos mais ministérios a afirmar que Franquelim Alves,
seu secretário de estado, tinha colaborado com o banco de Portugal sobre o
inquérito ao BPN.
Até confrontou os deputados da oposição sobre o ódio que nutrem por Franquelim Alves. E, afirmou, que o mesmo - Franquelim Alves - escreveu uma carta ao Banco de Portugal no dia dois de Junho de dois mil e oito a contar as irregularidades. Carta que realmente foi escrita mas não por Franquelim Alves.
Afirmações destas ficam mal a qualquer um. Agora a um ministro, mais a mais, quando está a prestar declarações a deputados na casa que dizem ser da democracia, só revela o despudor, que tem pela verdade e pela Assembleia da República.
Até confrontou os deputados da oposição sobre o ódio que nutrem por Franquelim Alves. E, afirmou, que o mesmo - Franquelim Alves - escreveu uma carta ao Banco de Portugal no dia dois de Junho de dois mil e oito a contar as irregularidades. Carta que realmente foi escrita mas não por Franquelim Alves.
Afirmações destas ficam mal a qualquer um. Agora a um ministro, mais a mais, quando está a prestar declarações a deputados na casa que dizem ser da democracia, só revela o despudor, que tem pela verdade e pela Assembleia da República.
Para certas pessoas vale tudo. Mas o mais interessante é que à medida
que vão apurando a verdade é: cada cavadela, cada minhoca. Até o currículo
do novo secretário de Estado do Empreendedorismo continua a gerar polémica.
De acordo com o documento oficial, no site do governo, Franquelim Alves
terá entrado para a Ernst & Young aos 16 anos.
Todo este imbróglio leva-nos a crer que estamos perante um sobredotado.
Não admira que Santos Pereira o tenha ido buscar para secretário de estado do
empreendorismo. Pessoas assim não abundam neste País.
Depois de tanta mentira falta ao governo criar um
ministério que quanto a mim é onde o governo dá cartas: o da mentira. A talho de foice.
O mentiroso:
O mentiroso:
"Podia jurar! Riam-se dele. Mentia tanto, que ninguém dava
crédito ao que dizia. Às vezes queixava-se de moléstias: e, longe de o tratarem
carinhosamente, repreendiam-no, ameaçavam-no, quando não lhe dobravam os
exercícios de escrita! Muitas e muitas noites, ardendo em febre, debruçado à carteira, copiava compridas descrições, — e tudo porque mentia. Os mesmos
companheiros repeliam-no quando ele aparecia contando um facto:
— Ora, sai daqui, mentiroso! Pensas, então, que somo tolos?
Uma manhã desceu ao rio em companhia de outro. Chovera abundantemente
dias antes, e o rio assoberbado, transbordara.
Os dois meninos hesitaram algum tempo antes de tirar as roupas; o mais
velho, porém, nadador intrépido, acoroçoou Álvaro, o mentiroso:
— Vamos, a corrente é insignificante e não precisamos ir para o meio do
rio. Vamos!
Animado, Álvaro atirou-se ao rio; a corrente, porém, começou a
arrastá-lo, de sorte que, quando ele quis tomar pé, a água cobriu-lhe a cabeça.
O outro boiava cantarolando.
De repente ouviu um grito angustiado: — Ai! — Voltou-se, e, não vendo Álvaro,
teve um sobressalto; logo, porém, considerando, sorriu: — Pois sim! Pensas que
me enganas! — E continuou a nadar tranquilamente. Mas Álvaro não aparecia: o
menino ganhou a margem, lançou os olhos para os cantos, desconfiando de que o
companheiro se houvesse escondido em alguma moita para assustá-lo; vendo,
porém, que não aparecia, correu aterrado para o colégio, levando a tristíssima
notícia. Desceram criados, e, atirando-se ao rio, procuraram o pequeno que as
águas haviam arrebatado. E o companheiro, em pranto, repetia com sentimento:
— Eu bem ouvi o seu grito, bem ouvi, mas ele mentia tanto...
Dias depois, apareceu coberto de ervas e horrivelmente deformado o
cadáver do pequeno Álvaro; e o companheiro, vendo-o, soluçou ainda: — Coitado!
Mas foi por culpa dele. Mentia tanto!"
Só que ao contrário desta história a nossa corrente é forte; o rio transborda; e não há quem
suporte tal ondulação. A este governo vai acontecer o mesmo que ao menino
Álvaro.
PS - Depois de este texto estar publicado li o artigo de Azeredo Lopes, no JN e, não resistiu à tentação de aqui o publicar para mostrar as facetas do nosso Álvaro.
PS - Depois de este texto estar publicado li o artigo de Azeredo Lopes, no JN e, não resistiu à tentação de aqui o publicar para mostrar as facetas do nosso Álvaro.
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