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terça-feira, 12 de julho de 2011

Sebastianas já começaram (7):

Não intitulei estes textos quase diários porque não sabia o nome a dar e assim pus um género de continuação. Refiro-me a isso pelo facto de ser o último texto sobre “Sebastianas já começaram” se me voltar a referir sobre a Comissão de 2011 será: Sebastianas acabaram e de que maneira! 
A segunda-feira não tendo sido um dia de sol e calor portou-se lindamente para os Freamundenses e forasteiros poderem foliar da melhor maneira - fez nesta segunda-feira cinquenta anos que foi pior, um dilúvio. O calor só era preciso para os bares, cafés locais e ambulantes venderem mais bebidas por que de qualquer maneira calor houve o quanto baste no interior de cada folião.
Nesta noitada, a mais profana, das festas Sebastianas, é uma noite onde comparece quase tudo, crianças acompanhadas com os seus pais, idosos, de meia-idade, jovens de ambos sexos, – hoje as raparigas são mais folionas que os rapazes – noutros tempos S. Sebastião curava de vergonha. O Mundo levou uma grande transformação hoje tudo é permitido desde que não haja exageros.
Mas... foi uma noite linda! Desde a sessão de fogo “À Freamunde” deitada junto às Piscinas Municipais. Que grande sessão! As pessoas que ali presenciaram estavam deslumbradas e davam vivas à Comissão de Festas. Também não era para menos.
Gostamos de mostrar o nosso bairrismo a quem nos visita e a prova disso é que são unânimes em dizer que é um tempo ganho com a vinda às festas a Freamunde. Se a sessão de fogo foi um espanto, espanto também foi a marcha alegórica.
Havia quem se sentisse aborrecido com o atraso mas… depois na sua passagem não faltavam elogios. Os naturais de Freamunde amam as Sebastianas como se de um filho se tratasse, ficam orgulhosos, por que ali vai um bocado da sua alma. Por que sexagenários como eu já contribuímos noutros tempos para que elas tivessem a fama que tem. 
Não é em qualquer terra que às 04:30 horas da madrugada está tanto povo à espera para ver a última sessão de fogo-de-artifício junto à Rotunda do Cruzeiro. Enquanto esperava pelo seu começo ouvi uns comentários de um grupo que julgo serem familiares entre si, um dizer: tenho ido a muitas festas mas como esta não há comparação, olhou para o relógio e disse são 04:30 - aí é que me apercebi das horas - e é ver que tem mais gente que em certas noitadas e em festas afamadas. Apeteceu-me dizer-lhe. – Sabe o motivo, é que estas festas estão recheadas de eventos e as horas que um dia tem (24), nestes dias de festas, deviam ter (72) para dar vazão a todos os eventos, aliás, sou a favor de um baixo assinado a S. Sebastião para que faça um milagre nesse sentido.
Chegou a hora, chegou a hora não, já passava quase hora e meia do horário anunciado para o espectáculo piromusical “ Harmonia do Fogo” e mais uma vez a assistência rendeu-se à sua beleza. Não é por mero acaso que se chama “espectáculo”.
Aqui, lembrei-me da próxima Comissão de Festas. Vai ter dificuldades em ultrapassar esta. Mas, o lema dos Freamundenses é: as próximas são as melhores e a Comissão de 2011 já é uma lenda.
Sem no entanto, Freamunde ficar-lhes agradecido.

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