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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sebastianas já começaram (6):

Embora não fosse um Domingo com um sol de arregalar os olhos, foi o que S. Pedro pôde arranjar. Se as relações fossem “boas” estou convencido que nos tinha mandado um dia com um sol radiante, daqueles que não tem vergonha da sua presença. Exceptuando isso, até estava um dia quente, daqueles que ameaçam com trovoada e por via disso o calor é húmido. Na certeza porém, foi... o dia possível.
De manhã fui até ao centro o que quer dizer ao coração das festas Sebastianas e deparei com alguns jovens de ambos os sexos que se divorciaram do seu leito e faziam jus a gozar a noitada pelo dia adentro. Estes, tem receio que as Sebastianas acabem e assim gozam até à exaustão.
À tarde e como vem sendo habitual ia-se dar o “combate” entre as Bandas Filarmónicas. Este ano a convidada foi a Banda de Musica da Trofa com pergaminhos a nível nacional, a outra e que não lhe fica nada a dever, pelo contrário, era a de Freamunde, como não podia deixar de ser, ou então seria como diz o provérbio popular: em casa de ferreiro espeto de pau.
Deram a entrada com o cerimonial tradicional e aqui deu para ver que o combate ia prometer, embora fosse passado cada qual a estudar o adversário.
Umas horas antes deu-se início à confecção do tapete de flores por todo o trajecto por onde passa a procissão. Este evento é feito por voluntárias/os dá imenso trabalho mas a população de Freamunde e S. Sebastião fica-lhes reconhecido. 
Largo António José de Brito
 
Rua da Banda Musical de Freamunde
 Às dezoito horas deu-se início à procissão e como vem sendo habitual foi um colosso. Tudo bem arranjado, bem ornamentado e organizado, com um senão, um pequeno atraso entre um e outro andor, mas numa procissão desta qualidade e grandeza admite-se uma pequena falha. Dava para ver nos Freamundenses e forasteiros que nestes dias nos visitam o ar de satisfação com que assistiam a tal evento e alguns comentavam como é possível uma terra que não sendo concelho realizar assim umas festas. Um elemento do grupo Macedos, pirotecnia, disse-me que derivado às suas funções, corre o País de lés de lés e não vê festas assim. É nestes momentos que sentimos orgulho por sermos naturais de Freamunde. 
Acabada a procissão era hora de debandar para as nossas casas por que assim ordenava o estômago e a longa noitada também o prometia.
Nesta noitada uma grande parte dos foliões aproveitam para ver e ouvir o “combate” entre as bandas filarmónicas - sem antes dar uma saltada à igreja Matriz para ver o seu arranjo, na hora a que fui havia uma fila de espera.
Este ano a colocação dos palcos estava em sentido contrário às demais festas até aqui realizadas. A sua frente estava no sentido da antiga Assembleia. Uns diziam que trazia benefícios outros que tirava valor à sua auscultação mas, se repararmos ao barulho feito pelas aparelhagens sonoras das barracas de diversão chegamos à conclusão que tanto vale estar virado para um lado ou outro. Nestes dias não se consegue ouvir na perfeição um concerto - de tarde ainda filmei umas peças de música mas é impossível uma boa reportagem.
Uma grande parte vai para pôr a conversa em dia com os amigos que não se vêem há data de tempo e parece que só se encontram quando estão a “ouvir” as bandas de música. E o formidável é: quando estão a ouvir música só falam de futebol, quando estão a ver um jogo de futebol só falam de música. Vá lá compreender esta gente.
Mas voltando ao concerto. Deu para ver o agrado com que a maioria do público assistia quer a uma ou outra banda. A da Trofa angariou muita simpatia derivada aos temas tocados e à juventude do seu maestro. Também ele (maestro) sabia o terreno que pisava, não fosse ele nado e criado nesta terra e banda. Aqui gostava de encontrar o elemento do grupo "Macedos" para lhe dizer o porquê desta terra não sendo concelho conseguir eventos destes: os seus filhos, o bairrismo e a sua cultura.
Acabado o concerto das bandas filarmónicas, outro se ia iniciar, este com a participação de “David Fonseca” - no Palco “Grupo Martins” sem antes se dar início ao fogo-de-artifício. Aqui pus-me de atalaia para ver se o tal elemento do grupo "Macedos", pelo que me apercebi era o responsável, se também colaborava para enaltecer as Sebastianas com uma boa sessão. Gostei, embora compreenda que o seu apogeu será hoje às vinte e três horas.
Acabada a sessão de fogo debandei para casa que o corpo já necessitava e ainda há outra noitada pela frente e regra geral mais longa. 
Continua 

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