Rádio Freamunde

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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Capitulo VII


Chegou o dia da tourada. Antes tínhamos vendido alguns bilhetes. O ambiente à volta do recinto era bom, agora o que ansiávamos era uma boa adesão, um bom espectáculo, assim como não chovesse porque o dia nasceu com o sol um pouco tímido.
Fui para a bilheteira como no concerto dos Xutos. Não gosto de touradas, não sou contra a sua realização, disso depende postos de trabalho e a subsistência do touro. Se as não houvesse os criadores de touros não os criavam com tanta abundância, unicamente os que eram para abate e consumo. 
Na bilheteira ia-se vendendo bilhetes, não ao ritmo que desejávamos mas, a “praça de touros” estava composta. Ouvia-se o entusiasmo do público. Não somos um povo habituado a touradas ao vivo – foi a primeira organizada em Freamunde. Não havia o hábito dos “olé”.
Os toureiros, como o grupo de forcados, estavam contentes com a recepção e o entusiasmo do público. O Zé Trincheira radiava alegria. Parecia que estava nos seus tempos de glória e nas grandes arenas.
Os músicos da Banda Musical de Freamunde a quem tínhamos pedido a colaboração davam os toques próprios das touradas.
O público continuava exuberante e demonstrava que estava a ser do seu agrado o espectáculo, mesmo sem o grito dos olé, olé. Pelo que ouvia estava a ser um êxito.
Acabada a tourada fomos fazer contas e pagar os honorários. Não ganhamos o que prevíamos mas, como tenho dito, grão a grão enche a galinha o papo. Além de termos contribuído para um evento nunca realizado em Freamunde e para a passagem de uma tarde única e espectacular. O trabalho que tivemos na montagem da “praça de touros”, agora o que restava era a sua desmontagem. Para tudo, quando há vontade, ideias e força física, aqui em Freamunde é o que mais existe - é ver durante o ano os eventos que se fazem pelas várias instituições culturais - não há nada que nos demova.
Continua

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