A direita populista domina as redes sociais porque sabe jogar com as emoções.
Usa frases curtas e explosivas (“Basta!”, “Eles mentem todos!”, “Estão a destruir o país!”) e publica conteúdos que nos deixam zangados, chocados ou indignados. Quanto mais reagimos, mais o algoritmo mostra essas mensagens. Mesmo quando comentamos para discordar, estamos a ajudar a espalhá-las.
As técnicas são simples e eficazes:
- Frases bombásticas e simplificadas, que dispensam provas e apelam à raiva.
- Erros e linguagem popular, para parecer “genuíno” e “contra as elites”.
- Insultos e sarcasmo, para intimidar quem pensa diferente.
- “Whataboutismo” — desviar o tema (“e os outros, não fazem pior?”; "e o massacre na Nigéria, não vos preocupa?").
- Enxurradas de comentários para dominar o espaço e calar o contraditório.
O objectivo é criar confusão, destruir a confiança nas instituições e transformar a política num jogo de ódios e ressentimentos.

O que fazer?
- Não partilhem nem comentem publicações extremistas — o algoritmo não sabe que estamos a discordar.
- Corrijam as inverdades noutro espaço, com calma e factos.
- Cuidem da vossa saúde mental: não deixem que a raiva vos esgote.
- Sigam páginas e pessoas que informam sem manipular.
- Valorizem o diálogo e o respeito — é assim que se defende a democracia.
O populismo grita. A melhor resposta é não lhe dar palco — e continuar a falar com inteligência e serenidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário