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sábado, 4 de outubro de 2025

Outros tempos:

Ainda recordo uma passagem em mil novecentos e setenta e dois, um Domingo de Maio, não estava em Freamunde, outros deveres reclamavam a minha presença, serviço militar obrigatório, guerrilha em Angola, mas soube desse acontecimento por familiares meus.
No que consistiu esse acontecimento.
Era domingo de futebol. O F. C. Paços de Ferreira foi jogar a Amarante, com o clube local, e perdeu esse jogo. Lutava pela subida á terceira divisão nacional.
Na vinda de Amarante tinha de passar por Freamunde. No lugar da Fonte dos Moleiros, hoje rua, umas mulheres de certa idade foram para junto da estrada para os aperriar o que acto contínuo foram brutalizadas com agressões.
Nestas circunstâncias estes demandos constam logo pela população.
Foi o que aconteceu.
Na certeza, porém, que os outros autocarros não sua passagem por Freamunde, centro da Vila, nessa altura, foram parados, porque a vasta população de Freamunde, invadiu a estrada não os deixando passar.
Foi uma guerra civil.
Teve de vir a G. N. R. de Paços de Ferreira, nessa época, ainda não existia em Freamunde. Houve tiros para o ar dados por elementos da G. N. R. mas mesmo assim não foi suficiente para amedrontar os contendores.
Nessa altura em Freamunde ou nas várias localidades do país havia orgulho e amor pelos seus conterrâneos.
Coisa que falha neste momento no país. Temos quatro pessoas presas, julgo que ilegalmente, e o que vemos ou ouvimos é que deviam ser votadas ao mar ou que não voltassem mais ao país.
É esta sociedade que estamos a criar e educar. Longe vão os tempos em que um grupo de homens quase proporcionaram uma "guerra civil" para defender os seus habitantes.
Manuel Pacheco

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