(Estátua de Sal, 10/07/2025)

A CNN, para dar ares de democracia, lá vai convidando o Major-general Agostinho Costa e o Major-general Carlos Branco, para opinarem sobre as questões da geopolítica do momento, nomeadamente sobre a guerra na Ucrânia.
No entanto, para que a vocação propagandística da estação, ao serviço do belicismo da NATO, não saia muito beliscada, sempre que esses dois militares opinam, são sistematicamente contrariados, ou por outros comentadores quando o formato da peça é o painel, ou pela postura e atitude discursiva do pivô de serviço.
Assim, no primeiro caso, deram brado os confrontos do Major-general Agostinho Costa com a Ferro Gouveia e com a Soller, em que estas demonstraram a sua ignorância sobre as coisas da guerra, e foram de uma petulância ofensiva na sua ação de denegrir as opiniões de um especialista em defesa e questões militares, elas que nunca devem ter visto uma pistola na vida…
No segundo caso, o papel do contraditório tem ficado a cargo dos pivôs. Até aqui, eles e elas lá iam tentando cumprir o seu papel, com alguma acrimónia é certo, mas sempre dentro dos limites do respeito e da boa educação para com os referidos militares. Acontece que, tendo o Isidro sido dispensado e emigrado para o NOW, quer Agostinho Costa quer Carlos Branco tem sido chamados mais vezes à emissão e – por isso mesmo, ou talvez não -, tivemos ontem e hoje um confronto, até aqui inédito, entre os ditos militares e o pivô Pedro Bello Moraes, tendo dado origem a dois dos mais vergonhosos episódios que me foram dados a ver na CNN.
O dito Pedro, que deve achar que é gente fina – quando vejo um nome com dois eles e “Moraes” e não “Morais” fico logo de pé atrás – acha-se no direito de ser insolente, grosseiro, mal-educado e deontologicamente uma nulidade. Corta a palavra aos opinantes, faz chiste com as respostas que eles dão, acusa-os de parcialidade quando eles tentam apenas reportar factos que o Bello – no seu papel de supremacista branco e Torquemada de serviço -, não gosta.
Do que ele gosta mesmo é de passar as peças que a propaganda da NATO lhe manda, reportando na guerra da Ucrânia os ataques russos a civis, com o objetivo de manter a opinião pública disposta a apoiar a guerra, com o dinheiro que temos e com o que não temos e que vai parar aos bolsos de Zelensky e do seu séquito de nazis. Sim, nas peças da CNN os russos só conseguem matar civis – de preferência velhinhos e crianças -, atingir casas de família, hospitais e creches e ainda não conseguiram atingir nenhum soldado nem alvo de natureza militar… Se a guerra não fosse algo hediondo e dramático seria de rir, alto e bom som, com a enormidade de tais patranhas e o desplante com que são vendidas aos telespectadores.
Mas, são essas narrativas que o Bello adora colocar no ar. E quando o Major-general Carlos Branco.Carlos Branco lhe disse que não eram factualmente verdadeiras, o Bello cortou-lhe a palavra intempestivamente e tirou-o da emissão. Uma vergonha que podem ver no vídeo que segue, e que aconteceu hoje no confronto com aquele militar.
Termino com um recado para a CNN. Não chega querer dar ares de canal democrático e pluralista, é preciso sê-lo, de facto. E estas práticas e ser o albergue de Bellos e quejandos só prova que o não é. Se calhar a CNN também estava na folha de pagamentos da USAID, mas agora a USAID até foi extinta…
Por isso, ainda vão a tempo de emendar a mão e porem de lado o vosso falso pluralismo. Já se livraram do Isidro e, se continuarem a varrer e encontrarem o Bello no caminho, não hesitem. Acreditem que as audiências vos agradecerão.
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