(António Gil, in Substack.com, 05/03/2025)

E ao 4º dia Zelensky não ressuscitou, apenas pediu meia desculpa, disse que queria a paz e por isso assinaria o que se recusou a assinar 3 vezes. Assim sendo, a comédia continua mas já não é ele nem sua equipa amadora que escreve o guião.
Há danos colaterais e não me refiro aqui aos ingénuos que se apressaram a celebrar a ‘dignidade’ de Zelensky, esses não contam para nada. Oh sim, a sua rendição devolveu-o – e também aos líderes europeus, mais um canadiano – à sua estatura natural. Afinal, tanto barulho para nada!
Efectivamente, se era para acabar assim, mais valia todos eles terem-se poupado a tantas vergonhas e terem até – quiçá – rebobinado o discurso triunfalista como andaram 3 anos a debitar, 24 horas por dia, 7 dias por semana dizendo ‘agora é que a Rússia vai ver como elas lhe mordem’ Os imbecis do costume acreditariam e escusavam, todos eles, de passarem por mais uma depressão.
Isso seria porém pedir demais, é claro. É provável que ainda o façam, no entanto, agora que tudo se tornou muito claro porque o importante não é ganhar nem a guerra nem a paz mas convencer seus súbditos mais idiotas que no fim ‘os bons vão ganhar’, tal como acontece nos filmes.
No fundo, acredito, todos respiram de alívio porque ninguém queria de facto a continuação na guerra e certas bravatas, se fossem cumpridas, acabariam por precipitar a queda mais que certa dos patéticos ‘líderes’.
Mas isto vai deixar marcas. Para começar, Zelensky cederá a Trump o que já tinha cedido a Starmer. Macron, sentir-se-á despeitado, ainda mais que o britânico, já que nunca foi sequer convidado para comer tal bolo.
Do blogue Estátua de Sal
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