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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Á pressa pode-se responder com "l'éloge de la lenteur"...

Mas é tema longo... Vejo António José Seguro em sede universitária, rodeado de livros, o retrato de Adriano Moreira em vestes doutorais ao longe, e AJS 'universitário', vestido como homem de Estado, discurso redondo, 'sans rancune' dez anos passados; prepara a sua Tese de Doutoramento. Vai ter um programa na CNN e prepara as 'presidenciais'... Qual foi a pressa? Nenhuma.

No calor da noite, um almirante sem farda, vai encontrar-se com o rapaz que o tutela. Era secreto; mas como têm pressa acabam por perceber que é melhor aparecer... Esta é a pressa rapidinha típica de caserna...Encontro mal amanhado; dúbio e turvo como as águas...Semanalmente, o explicado Marques Mendes procura agigantar-se no 'comentariado', apresentando livros sobre Carlos Lopes, elogiando o que não leu e, sobretudo, mostrando firmeza crítica sobre os actos do governo. Isto é a bolha. Eis, mais uma vez, a lisboínha capital, onde se abrem 'nichos de oportunidade'; este o terreno mediático que me lembra sempre Mastroianni e Giulietta Masina nos bastidores de Ginger e Fred convidados a 'refazer' o número que os tornou célebres há trinta anos... Impossível! Verificam que são caricaturas de si mesmos; parecem sem abrigos, sentados atrás dos telões dos estúdios da Cinecittà... Qual é a pressa? Percebe-se o que há de dolente, de mistério 'buffo'; de vaidoso plano inclinado pouco alicerçado... Convinha lembrar a distinção que os coveiros no Hamlet estabelecem entre 'to do', 'to act' e 'to perform'... E, sem pressa, relembrar o que Shakespeare disse: "Nossa bem nossa, só a morte!"

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