Fernanda Câncio fez dois artigos a malhar nas inteligências artificiais: Grok, ou a burrice mentirosa da inteligência artificial + Última hora: Maria João Avillez é de esquerda. Na verdade, os seus exemplos vêm de uma única IA, o Grok, e este numa qualquer versão que a jornalista calhou usar (provavelmente, a 3). As suas denúncias são válidas, óbvio, porque as IA de LLM, como o ChatGPT e quejandos, desde o início que foram apanhadas a lançar bacoradas alucinantes. O enfoque principal dos textos remete para as consequências do uso acrítico destas potentíssimas máquinas de simulação da inteligência — e da alma (ahahahahah) — humana. Certo. Só que… Só que há um outro lado nestas mesmas IA que alucinam (mas cada vez menos) que é revolucionariamente democrático. Com um pouco de aprendizagem, eles servem-nos conhecimentos que antes teriam de ser pagos a especialistas ou, no que é ainda mais crucial, que não saberíamos sequer onde procurar. Sendo que as IA deste género, para o paleio, são apenas uma pequeníssima fatia das tipologias variadas de IA já desenvolvidas, mais as que inevitavelmente irão aparecer.
Há nisto uma verdadeira transição de fase cujas consequências, sejam elas quais forem, serão inevitavelmente benéficas para a humanidade. Algo equivalente a se ter ao dispor a inesgotável e limpa energia de fusão nuclear.
16 Novembro 2025 às 8:43 por Valupi
Do blogue Aspirina B
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