Quanto ao primeiro persistem os inconsoláveis viúvos, incapazes de fazerem o luto de alguns acentos, hífenes e duas consoantes mudas irremediavelmente perdidas no acordo ortográfico com o Brasil e os Palop. Mantêm-se em depressão profunda, depois de uma geração inteira que ignora a ortografia anterior, e acusam de traição quem aceita o AO.
Incapazes de verem a guerra por procuração entre os EUA e a China, através da Rússia e Ucrânia, pensam que a moral e o direito são mais fortes do que a força, mas o direito internacional só é reclamado por quem não tem força e ignorado por quem dispõe dela.
A recente da humilhação de Putin através de uma corajosa e bem-sucedida incursão que provocou generalizado contentamento é apenas um episódio que não altera os dados.
O que surpreende é a aposta única na vitória do Partido Democrático nos EUA sem que a própria UE admita a possibilidade da vitória de Trump, por ser psicopata, mentiroso e perigoso, o que é, e aceitar como evidência a de Kamala. E só os americanos votam!
A UE, ao tornar-se instrumento da política externa americana, abdicou da sua autonomia e deixou de estar atenta ao mundo multipolar que se avizinha onde os BRICS ameaçam ser agentes de uma nova ordem mundial.
Enquanto o Acordo Ortográfico e a guerra na Ucrânia dividem os portugueses, russos e ucranianos dizimam-se cruelmente, perante as claques de um lado e do outro, ao serviço da estratégia onde são beneficiários os EUA e a China, com esta a assistir na bancada.
Os argumentos morais são apenas a forma de desviar atenções dos interesses em jogo.
Carlos Esperança
Sem comentários:
Enviar um comentário