Rádio Freamunde

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Vejam bem como se processa a desinformação pelos nossos media:

Um "jornalista" do Observador, de seu nome João Francisco Gomes, habitual escrevinhadeiro da coluna da sociedade e concentrando-se em assuntos da igreja, resolveu fazer uma incursão sobre assuntos de guerra e, para variar, debitou uma série de disparates e atoardas, mais uma vez a revelar quais os normais atributos da larga maioria dos jornalistas nacionais: ignorância, dualidade de critérios, russofobia, cinismo, incoerência e mau carácter.

Logo no início da sua peça dizia o estulto espécime: "Na pequena cidade de Soledar, a Rússia procura à força uma vitória essencialmente simbólica".

Ora, Soledar e Bahkmut são duas cidades no Donbass que, a partir de 2014, foram muitíssimo fortificadas pelas forças Ucranianas e de onde eram bombardeadas constantemente várias povoações de Donestk. Nessas duas localidades existem imensos túneis (até por força das minas de sal locais) onde estavam armazenadas grandes quantidades de armamento e munições e onde estavam estacionadas as tropas ucranianas treinadas pelo ocidente para invadirem as repúblicas separatistas e chacinarem os seus habitantes. Tanto não eram só simbólicas, que o regime nazi em Kiev tem enviado, sem cessar, reforços sobre reforços para defender até ao último homem esse "simbolismo", sem olhar ao número de baixas e ao sofrimento dos seus homens.

Acontece que Soledar foi agora libertada pelas forças russas e no seu centro estão ainda completamente cercados cerca de 500 soldados ucranianos que ou se rendem ou morrem.

Os nossos media, em vez de dar estas notícias com verdade e informarem devidamente os seus leitores do que na realidade se passa e qual a importância deste evento e o que poderá representar para a evolução do conflito, estão sobretudo preocupados em desvalorizar agora, aquilo que até há poucos dias consideravam essencial para garantir a continuidade da sua advogada superioridade ucraniana.

E claro, provavelmente às ordens do chefe de redação, o pretenso "jornalista" realça a maldade dos russos que (vejam lá!) fizeram tudo para tomar "à força" uma cidade que afinal até nem sequer tem qualquer importância. O facto de, com esta conquista, as forças russas poderem com muito maior facilidade acabar com os restantes pontos fortes desta linha de defesa dos ucranianos, para estes diletantes não tem qualquer valor - a ignorância é mesmo a mãe de todos os vícios...!

Decididamente, não há pachorra para aturar estes energúmenos...!

Raúl Luís Cunha

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