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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

QUASE METADE DOS EUROPEUS - EM PORTUGAL, 41% - QUEREM FIM DA GUERRA, MESMO COM CONCESSÕES À RÚSSIA:

Quase metade dos europeus entrevistados acham que a guerra na Ucrânia deve terminar o mais rápido possível, mesmo que isso signifique que os ucranianos tenham que sacrificar algum território para a Rússia e fazer concessões a Moscovo, mostra uma nova sondagem pan-europeia.
O estudo foi realizado pela rede europeia de sondagens de opinião Euroskopia em nove países da UE (Portugal, Áustria, Holanda, Polónia, Espanha, França, Alemanha, Itália e Grécia), informa a EFE, parceira da EURACTIV.
Na Espanha, o estudo foi realizado pela Sigma Dos no final de dezembro, com base em entrevistas com 1.000 pessoas.
O estudo revelou que os eleitores dos partidos da coligação governista de esquerda são os mais a favor de um fim rápido do conflito, mesmo que isso signifique concessões territoriais da Ucrânia a Moscovo.
Tanto 61% dos eleitores de esquerda do Unidas-Podemos (GUE/NGL) quanto 55% dos eleitores de centro-esquerda do PSOE (S&D) colocam a paz antes de uma vitória completa da Ucrânia com a ajuda dos aliados ocidentais.
Cerca de 46% dos eleitores de centro-direita do Partido Popular PP (EPP) concordam, assim como 45% dos eleitores de extrema-direita do Vox (ECR) e 44% dos eleitores de centro-liberal Ciudadanos (Cidadãos, Cs/Renovar Europa). No entanto, 38% dos eleitores do PP discordam, assim como 36% dos eleitores do Vox e 41% dos eleitores do Cs.
No que diz respeito ao apoio militar de Madrid aos ucranianos, 61% dos espanhóis são a favor, uma questão que divide significativamente os eleitores dos diferentes campos políticos.
Os eleitores do PSOE e do PP concordam com mais de 60%, enquanto mais da metade dos eleitores do Unidas-Podemos rejeitam qualquer extensão do apoio militar espanhol a Kyiv.
Da mesma forma, os eleitores do Unidas-Podemos se destacam quando questionados se a UE deve comprar gás da Rússia novamente se o conflito na Ucrânia terminar com um acordo, que é rejeitado por um em cada dois espanhóis.
No entanto, 41,4% dos eleitores do Unidas-Podemos negociariam com o presidente russo, Vladimir Putin, mas entre os eleitores do PSOE, apenas 32% considerariam fazê-lo.
A pesquisa da Euroskopia também revelou que diferenças importantes estão surgindo entre os europeus em relação ao gerenciamento da guerra na Ucrânia.
Em todos os países da UE pesquisados, 48% são a favor de um fim rápido do conflito, mesmo que a Ucrânia tenha que ceder uma parte de seu território à Rússia, enquanto 32%, quase um em cada três europeus, se dizem contra esse sacrifício para acelerar a paz.
A Áustria, com 64% de apoio ao fim rápido do conflito, e a Alemanha, com 60%, são os Estados-membros com maior apoio a essa opção, que também é apoiada pelos gregos (54%), italianos (50%) e espanhóis (50%).
Na Holanda, apenas 27% apoiam a ideia, na Polónia (28%) e em Portugal (41%).
Por outro lado, há maior consenso sobre o envio de armas para a Ucrânia, que conta com o apoio de 56% dos cidadãos da UE consultados e de 61% dos espanhóis.

(Fernando Heller | EuroEFE.EURACTIV.es)

Via Carlos Fino

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