«"Hoje é mais fácil", diz Paulo Rangel sobre a sua assunção como homossexual em 2021. Esqueceu-se de dizer porquê. Numa entrevista em que falou sobre a necessidade de aprender a pedir desculpa, não lhe ocorreu reconhecer que se hoje é mais fácil, para ele e para todos os homossexuais portugueses, se o país mudou, não foi graças à sua ação política.»
Paulo Rangel e a luta pela igualdade
Paulo Rangel vai ser o próximo infeliz a tentar aguentar o PSD enquanto Passos Coelho tenta aguentar-se como messias à espera que Costa saia da arena das legislativas. Não há mais ninguém, mais nada, no laranjal. 15 anos de ubíqua indústria da calúnia, golpadas mediático-judiciais e traição ao bem comum trouxeram os direitolas a este deserto sem oásis.
Ora, quem é o Paulo Rangel, politicamente falando? Trata-se de uma das mais tóxicas personalidades da direita portuguesa, uma picareta falante que não tem qualquer ideia para benefício dos mais carentes ou da classe média que seja possível recordar. A sua práxis como figura grada do PSD consiste numa obsessiva e chungosa litigância – a qual define não só o seu modo retórico como a sua valia cívica. É um sósia mental do Nuno Melo, ambos incapazes de pensar a comunidade para além do niilismo que reduz a política à luta tribal do poder pelo poder, e onde a regra de ouro é o apelo ao ódio.
Agora que a sua sexualidade foi usada para um ataque político canalha, e que a vítima deu um golpe de judo no atacante, convém registar que o mais importante do episódio não está no que foi capaz de dizer a respeito da sua orientação sexual. O mais importante é o que continua a calar a respeito do seu erotismo populista, como inveterado hipócrita que é.
E consiste nisto: se o deixarem, vai foder-nos.
POR VALUPI
Do blogue Aspirina B
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