Eram calceteiros, jardineiros, funcionários de limpeza da Camara Municipal de Paços de Ferreira e afins. Tantos anos para concluir o Centro Urbano e foi preciso num Sábado, dezoito de Setembro, a oito dias das Eleições Autárquicas para o findar. Findar!
É que este dia de trabalho é um trabalho extra e tem de ser pago com custos adicionais. Mas como a Câmara é rica suporta tudo.
Mas afinal por que este trabalho extra? Certamente vai-se passar algo durante a tarde ou noite. Um palanque está a ser montado. Será que é para a inauguração do Centro Urbano? Estou em crer que sim.
Mas não acho justo. Aproveitar a proximidade das eleições para fazer inaugurações quando as outras forças políticas concorrentes não têm as mesmas armas e oportunidades.
Se um partido seja qual for é eleito a sua primeira obrigação é olhar pelos bens sociais e materiais dos seus munícipes ou fregueses.
E os benefícios conseguidos na sua legislatura não são para ser vangloriados. Há um provérbio chinês que nos ensina: quando a tua mão direita der algo a mão esquerda que não o saiba. Mas em política estes dizeres não valem.
Faz-se de tudo para valer a sua opinião. Atropelam-se direitos fundamentais. Depois vem a Comissão Nacional de Eleições condenar certas atitudes. Foi o que aconteceu com os quinze autocarros que a Câmara Municipal adquiriu e propagandeou-os.
Depois os Portugueses andam desacreditados e aparecem os partidos de extrema direita a sobrevalorizar-se. Vem outro dito popular: tantas vezes que o cântaro vai à fonte que qualquer dia deixa lá a asa.
É o que os partidos ditos democráticos dão oportunidades para que a asa fique na fonte.
Por isso o eu criticar que o Centro Urbano de Freamunde tenha acordado sobre uma azáfama porque inaugurações em cima da hora não deviam existir.

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