Sem poder traduzir por palavras, os verdadeiros sentimentos que nos assolam neste momento, e com a sensação de vazio e saudade, que é ter de escrever um obituário a quente, nos minutos ou horas após o infausto acontecimento, não é fácil...
Hoje parece uma vida distante, longínqua.
Nelson Lopes deixou-nos... com a sensação de uma oportunidade perdida, uma mente fervilhante cheia de vida, de projetos, um homem bom, com um sorriso rasgado e a sonora gargalhada que o definia, certo das suas ideias e princípios, um homem leal, o mais leal de todos, tinha como princípio ideológico a verdade, que como o próprio dizia, não sabia mentir.
Foi tudo isto de corpo inteiro.
Trazia para a vida uma cultura simples, segura, serena, um sentido claro de serviço ao bem comum a Freamunde, a sua paixão maior. Mostrou-nos que era possível falar de coisas profundas de forma fluída, interessante e compreensível.
Nelson Lopes é, foi e será sempre um exímio emprestador de almas, que ficará para sempre na memória daqueles que viram desfilar tanto talento, versatilidade, virado para o futuro e quase visionário, um camaleão das circunstâncias, dos personagens a quem dava vida, ensinou-nos a trabalhar com afinco, dedicação e rigor.
Nelson Lopes foi um dos que conseguiu o milagre de transformar o ato de comunicar em arte.
A decisão de Nelson Lopes deixar como herança, uma vida ao serviço de Freamunde e das suas instituições, que está ao alcance de poucos, foi um passo de inequívoco relevo filantrópico.
As filhas foram a sua grande inspiração, sempre presentes como um mestre, em atos e pensamentos.
Só choramos quem conhecemos, como conhecemos bem o Nelson Lopes (James Bond).
É para a sua memória e para a sua família que transmitimos as mais profundas e sentidas condolências.
Muito obrigado.
Grupo Teatral Freamundense
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