Está escolhido o boi da piranha, o boi que é sacrificado para que
enquanto as piranhas o comem a manada possa atravessar tranquilamente o rio,
Ricardo Salgado junta-se a Oliveira e Costa, a Jardim Gonçalves e até a Vale e
Azevedo, eleitos pela justiça portuguesa para lavar as suas mãos em processos
que num país civilizado levaria muita gente para a cadeia.
Se todos os que ganharam de forma ilícita com os negócios da banca ou
da bola, seja intervindo directamente como gestor, clientes que se envolveram
em manobras ilegais de fuga de capitais ou de evasão fiscal, de políticos que
se venderam, de altos quadros do Estado que receberam gorjetas chorudas este
país ficaria mais saudável e cheiraria menos mal.
Se tal sucedesse uma boa parte dos políticos no activo há muito que não
estaria em cena, teríamos uma Administração Pública mais eficaz e independente
e até os governos seriam mais sérios. Infelizmente, basta lígar uma estação de
televisão para se perceber que esta tríada formada por políticos sem
escrúpulos, banqueiros oportunistas e patos-bravos do mundo da bola continua a
dominar a sociedade portuguesa, condicionando as suas escolhas e aprisionando o
desenvolvimento.
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