"A direita portuguesa fez um povo marcado pela iliteracia, elevar ao
poder absoluto Cavaco e esta “galinha”. Foi a vingança contra um sonho nascido
em Abril e alimentado por algumas décadas de democracia periclitante. Tudo cai
por terra, estrondosamente, debaixo de uma enorme chacota da direita. O triunfo
é arrasador e o principal motivo de regozijo da direita é poder chapar na cara
dos democratas que na vanguarda deste combate para derrubar os sonhos de Abril
estiveram os sindicatos e as forças partidárias da “esquerda verdadeira de
Abril”, acantonadas no BE e no PCP.
Foram os sindicalistas e estas forças
esquerdistas que serviram de “Cavalo de Troia” à direita sedenta de vingança
contra Abril. É verdade que a História não acaba aqui, mas estes são os dias e
os anos do triunfo do pior de Portugal. à esquerda e à direita. O povão
continua como há séculos: inculto, servil e piedoso, vergado ao destino e à
espera do céu, que a sua pátria será sempre, como lhe fazem acreditar os
“padres”, um desgraçado “vale de lágrimas”. Um sermão que tem séculos, mas
ainda entra como faca em manteiga na generalizada iliteracia lusa. E quando
alguém se mostra inconformado com tal fado, como aconteceu com Sócrates e o
punhado de valentes que o acompanharam no governo, é atropelado pelas elites, à
esquerda e à direita, unidas de forma tão surpreendente quanto inesperada. O
chumbo do PEC IV é o momento que retrata, como nenhum outro acontecimento, a
realidade sobre a “alma lusitana”: ajoelhada, enganada e submissa, considerando
salvadores grupelhos de trapaceiros."
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