Secretário de Estado da Segurança Social foi consultor do Hospital de
São Martinho, em Valongo, cujo patrão foi agora pronunciado por corromper
funcionários da Administração Regional de Saúde do Norte.
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto pronunciou pelo crime de
corrupção activa, no dia 15 de Julho, o fundador e administrador único da
empresa PMV - Policlínica, SA, proprietária do Hospital de São Martinho, em
Valongo, e da Policlínica de Lordelo, Joaquim Ribeiro Teixeira. A PMV teve como
consultor o recém-nomeado secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho
Branquinho, e como fiscal único o deputado e presidente da distrital do Porto
do PSD Virgílio Macedo.
Juntamente com Joaquim Teixeira foram pronunciados por corrupção activa
os donos de duas clínicas de Paços de Ferreira e Vizela, Florêncio Dias Neto e
Valentim Dias Neto. Os três empresários vão ser julgados, em data ainda
desconhecida, por terem feito pagamentos, nomeadamente em dinheiro, automóveis
e telemóveis, a dois funcionários da Administração Regional de Saúde do Norte
(ARS), que se sentarão também no banco dos réus, acusados de corrupção passiva.
Em contrapartida dos pagamentos que lhe eram feitos, Maria Lúcia
Correia e Pedro Silva e Sousa, respectivamente coordenadora de serviços e
assistente técnico da ARS, forneciam informação confidencial às duas clínicas
da PMV (Valongo e Lordelo) e às duas de Paços de Ferreira e Vizela,
favorecendo-as por diversos meios e em detrimento das empresas concorrentes.
Por esse motivo ambos foram demitidos das suas funções já há vários anos, na
sequência dos processos disciplinares que lhes foram instaurados.
JOSÉ ANTÓNIO CEREJO 14/08/2013 - 07:35
JOSÉ ANTÓNIO CEREJO 14/08/2013 - 07:35
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