Nada! Antigamente íamos em duas filas indianas, uma em cada berma do
caminho ou estrada, uns com um quilo de arroz na mão, outros com outro produto
qualquer, mas quase sempre a maioria era arroz ou massa. Nunca percebi bem a adopção
da maioria dos pais dos alunos por esses dois produtos. Mas como os portugueses
são exímios em eventos mais tarde compreendi esse facto. Passo a explicar:
Um dia um grupo de convivas resolveu fazer um piquenique ao ar livre e
pôs à disposição de cada um levar o que bem entendesse sem revelar o quê. Todos
concordaram. No dia do convívio lá apareceram munidos com o repasto e o
estômago a dar horas. Na hora de abrir as surpresas houve um ai de estupefacção! Não é que todos só levaram azeitonas.
Era o mesmo que no dez de Junho do meu tempo de escola: só arroz e
massa. Mas lá íamos todos contentes a cantar o “Lá vamos cantando e rindo”. Não
havia discurso do Presidente da República mas havia uma peça de teatro infantil
e variedades em que nós mostrávamos à sociedade local como andávamos bem
afinados.
Hoje – ontem – era o que o Presidente da República queria que os Portugueses
fizessem. Sempre alinhados em fila e a abanar com a cabeça em sinal de concordância
com os seus discursos. Quer sejam de não vacilar, praticar desporto e
agricultura. Devemos comer e não refilar. Seja só arroz, massa ou azeitonas.
O que nos é imposto depois de elegermos um Presidente da República ou um Governo é confiarmos na sapiência de tão ilustres iluminados. Mesmo que nos estejam a conduzir para o precipício a nossa obediência é deixarmo-nos levar.
O que nos é imposto depois de elegermos um Presidente da República ou um Governo é confiarmos na sapiência de tão ilustres iluminados. Mesmo que nos estejam a conduzir para o precipício a nossa obediência é deixarmo-nos levar.
Aqui vem-me outra história à lembrança: A do condutor que seguia em
contramão na auto-estrada. Depois de ser avisado através de telemóvel pela
esposa, que tinha sido noticiado na rádio que ia um condutor em contramão, lhe
respondeu: - não é só um, são muitos!
É o que nos está a fazer Cavaco Silva. Constantemente é avisado pelos
seus amigos que vai em contramão mas não se importa. O seu objectivo é seguir
em frente mesmo por caminhos tortuosos ou em contramão.
Os ensinamentos ditaram-lhe que o não vacilar, o praticar desporto e o perceber de agricultura é a prova provada da sua razão. Os Portugueses é que não estão preparados para esse fim e têm que nascer duas vezes.
Em fila indiana, numa ou duas bermas do caminho ou estrada, com um quilo de arroz ou massa na mão, o que Cavaco Silva quer é que cantemos o “Lá vamos cantando e rindo.
E aqui outra lembrança me vem à memória. Não seria por esse motivo que foi escolhida Isabel Jonet para representar a mulher portuguesa no dez de Junho?
Os ensinamentos ditaram-lhe que o não vacilar, o praticar desporto e o perceber de agricultura é a prova provada da sua razão. Os Portugueses é que não estão preparados para esse fim e têm que nascer duas vezes.
Em fila indiana, numa ou duas bermas do caminho ou estrada, com um quilo de arroz ou massa na mão, o que Cavaco Silva quer é que cantemos o “Lá vamos cantando e rindo.
E aqui outra lembrança me vem à memória. Não seria por esse motivo que foi escolhida Isabel Jonet para representar a mulher portuguesa no dez de Junho?

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