Quando foi nomeado para ministro das finanças do governo liderado por
Passos Coelho vários jornalistas e comentadores políticos viam em Victor Gaspar
o Manitu que Portugal precisava. Ainda não estávamos refeitos do
desaparecimento do Rei D. Sebastião e já estes profetas das notícias almejavam
quem por artes mágicas ou outro tipo de mezinhas - tipo bruxo de Fafe que ainda
há dias com o matar de uma galinha e fazê-la sangrar no Estádio da Mata Real
fez com que o F. C. Porto fosse campeão da primeira liga de futebol cá do burgo
- desse volta ao equilíbrio das finanças portuguesas.
Sou um fervoroso adepto de
escritos ou filmes sobre o sobrenatural e disse logo para mim: temos homem!
O aspecto senhoril na forma como caminha, a maneira como fala, - pausadamente
- levou-me a crer que estava perante um Manitu, que tantas vezes vi em filmes a
socorrer-se das suas danças juntamente com o seu povo para adquirir os tais poderes
sobrenaturais.
Hoje, quando assistia ao debate sobre o orçamento rectificativo na
Assembleia da República, a minha imaginação transportou-me até aos tempos em que
Manitu reunia com o seu povo, numa tenda, julgo o edifício da sua Assembleia da
República e, através de uma dança em que batia com força e rapidamente com os
pés descalços no chão a ulular para que a chuva aparecesse.
Só que estes – deputados da maioria – tinham os membros superiores e inferiores invertidos e em lugar de baterem palmas batiam com os pés julgando que ao contrário de Manitu faziam parar a chuva. Só que Manitu e a nossa Senhora de Fátima não se metem na política e a chuva continua a cair.
Só que estes – deputados da maioria – tinham os membros superiores e inferiores invertidos e em lugar de baterem palmas batiam com os pés julgando que ao contrário de Manitu faziam parar a chuva. Só que Manitu e a nossa Senhora de Fátima não se metem na política e a chuva continua a cair.
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