Hoje em todo o Mundo Cristão se celebra o Domingo da Ramos. Esta
celebração da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém acontece uma semana antes
da sua ressurreição. Jesus apareceu em Jerusalém montado em cima de um burro acompanhado por uma grande multidão de pessoas, a maioria, estendeu as suas
vestes pelo caminho em sinal de agradecimento. Outros cortaram ramos de árvores
e espalharam-nos pela estrada e clamavam Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que
vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" Este evento aconteceu
no domingo antes da crucificação de Jesus e assim passou a ser chamado de
Domingo de Ramos.
Hoje celebra-se de forma diferente um pouco por todo o País. Ainda ontem em conversa com uma pessoa de Freamunde, no trajecto de ambos para casa, falamos deste dia, no seu tempo de meninice, no meu e no que acontece agora. Disse que há uma diferença enorme. Falou-me da fome na obediência e no respeito pelas tradições religiosas. Que esperava este dia para ir oferecer um pequeno ramo de oliveira a pessoas mais idosas que não podiam se deslocar à benzedura dos ramos e assim receber como presente um pedaço de pão ou outro género alimentício. Estava a decorrer a segunda guerra mundial e a fome grassava na maioria dos lares portugueses. Também oferecia aos padrinhos como lembrança do folar no dia de Páscoa.
Também lhe recordei os meus domingos de ramos. Éramos putos e havia concorrência na aquisição de ramos de oliveira. Como é sabido as oliveiras não abundavam em Freamunde. Assim tínhamos com antecedência de pedir um ramo a quem as possuísse. Eram muitos a fazer esse pedido e regra geral recebíamos como resposta que já se tinha comprometido com outros pedidos e que a oliveira não satisfazia todos. Só nos restava uma solução. Ir de noite roubar uns canos. Era o que acontecia e como que se costuma dizer: a fome é muita mas… o apetite é maior.
Hoje celebra-se de forma diferente um pouco por todo o País. Ainda ontem em conversa com uma pessoa de Freamunde, no trajecto de ambos para casa, falamos deste dia, no seu tempo de meninice, no meu e no que acontece agora. Disse que há uma diferença enorme. Falou-me da fome na obediência e no respeito pelas tradições religiosas. Que esperava este dia para ir oferecer um pequeno ramo de oliveira a pessoas mais idosas que não podiam se deslocar à benzedura dos ramos e assim receber como presente um pedaço de pão ou outro género alimentício. Estava a decorrer a segunda guerra mundial e a fome grassava na maioria dos lares portugueses. Também oferecia aos padrinhos como lembrança do folar no dia de Páscoa.
Também lhe recordei os meus domingos de ramos. Éramos putos e havia concorrência na aquisição de ramos de oliveira. Como é sabido as oliveiras não abundavam em Freamunde. Assim tínhamos com antecedência de pedir um ramo a quem as possuísse. Eram muitos a fazer esse pedido e regra geral recebíamos como resposta que já se tinha comprometido com outros pedidos e que a oliveira não satisfazia todos. Só nos restava uma solução. Ir de noite roubar uns canos. Era o que acontecia e como que se costuma dizer: a fome é muita mas… o apetite é maior.
Nos tempos de hoje não é preciso complicações com o angariar de um ramo
de oliveira. Tudo aparece na hora da precisão. Este mundo tornou-se consumista.
Há presentes pré-concebidos para todos os gostos e eventos.
Não me admira que amanhã apareça num hipermercado qualquer a venda de ramos de oliveira benzidos. As crianças de hoje não fazem qualquer esforço para conseguir algo. Tudo ou quase tudo lhes vem ter às mãos.
Não me admira que amanhã apareça num hipermercado qualquer a venda de ramos de oliveira benzidos. As crianças de hoje não fazem qualquer esforço para conseguir algo. Tudo ou quase tudo lhes vem ter às mãos.
Também a Igreja Católica tem alguma culpa. Quando andava na catequese a
benzedura dos ramos era no Domingo de Ramos. Saímos em procissão da Capela de
S. Francisco até à Igreja Matriz. A procissão era delineada por classes da catequese
ou idades. Íamos a cantar e a alegria era constante.
Hoje, compreendo a situação, está-se a afastar essas tradições. É certo
que derivado ao número de crianças que frequentam a catequese tem de se arranjar
forma da sua acomodação e também derivado à falta de padres. Mas não seria de
pensar na celebração deste evento ao Domingo!
Assim as crianças quando fossem mais idosas lembravam-se mais deste dia e
comentavam, como eu e o outro meu acompanhante, do seu Domingo de Ramos e eu já
punha como título de texto: Domingo de Ramos e não Dia de Ramos.
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