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segunda-feira, 23 de junho de 2025

O Major-general Agostinho Costa e as más companhias:

(Por José Gabriel, in Facebook, 19/06/2025, Revisão da Estátua) 

Senhor Major-general Agostinho Costa

Sei da improbabilidade de alguma vez V. Exa. ler estas palavras. Mas, acredite, milhares de pessoas – das que valem a pena – têm iguais preocupações às que me levam a escrevê-las.

A CNN, num dia em que se achou mais distraída, escolheu-o para comentador e analista dos duros eventos que por muitos e desvairados lugares ocorrem. No início, tínhamos o prazer de o ouvir a solo. Mas, como V. Exa. não se comportou como a quadrilha esperava e, sabendo que tinha ganho demasiado prestígio junto de muitos telespectadores interessados nos temas abordados e na qualidade das suas abordagens, decidiu, já que não podia “dispensá-lo” – grande seria a bronca -, e passar a “marcá-lo em cima”, como diz um amigo meu dado à análise futebolística.

E, para o efeito, escolheu o pior que havia lá por casa. Não se atrevendo a pô-lo em confronto com o seu camarada de armas Isidro Morais Pereira, avançou com umas senhoras que, como V. Exa. teve já oportunidade de diagnosticar, juntam a ignorância e a preguiça do estudante cábula ao fanatismo mais desbragado. Volta e meia, acrescentam mais uma ou outra personagem para mais baralhar a cena. Tinha de dar mau resultado. E deu. A alentada dona Helena Ferro Gouveia, à falta de argumentos, brindou-o com um projétil líquido constituído pelo conteúdo do copo de água que lhe atirou ao rosto, água essa que não era a substância inocente e inócua que os distraídos possam pensar, uma vez que incorria na possibilidade de toxicidade letal, posto que a dona Helena já tinha bebido por esse copo. Não por acaso, portanto, dona Helena foi excluída como sua parceira – honi soit… -, não fosse a assanhada dama, numa próxima oportunidade, atirar-lhe, não a água, mas o copo. O que constituiria crime que poderia configurar homicídio na forma tentada. A CNN excluiu, pois, a dita senhora da sua companhia para a proteger a ela, não para proteger V. Exa.

Hoje, foi – mais uma vez – uma assanhadiça valquíria que lhe estragou – e a nós – o serão. A dona Diana Soller – com dois ll, olé! – desatinou. Ela não gostou do modo como as suas desajeitadas palavras, (des)informações e ideias(?) foram refutadas e desmontadas pela análise do senhor general. Desatinou e desbundou.

Gabo, senhor general, a sua beatífica paciência e aquela última tentativa pedagógica. Felizmente, a sua excitada interlocutora estava, penso eu, fisicamente longe de V. Exa. e não se lhe lobrigava arma ou projétil com que o pudesse atingir. Segurança acima de tudo.

Devo sublinhar, em nome da justiça, que, por vezes, V. Exa. está acompanhado por um interlocutor de excelência, o Prof. Tiago André Lopes. São esses os momentos que valem a pena, os quais podemos usufruir com a inteligência desperta – por sabermos que ela não será agredida – a alma em paz e o estômago calmo. Bem hajam os dois.

Finalmente, sem duvidar da coragem e pundonor com que V. Exa. enfrenta e continuará a enfrentar quem lhe atirem ao caminho, ouso exortar V. Exa. a não mais se sujeitar a essas peixeiradas, aos/às esquisitos/as interlocutores com que o tentam rasteirar e faça como o seu camarada de armas, o brilhante e implacável Major- general Carlos Branco, que atua, as mais das vezes, a solo, em entrevistas em que os únicos trastes presentes são alguns dos entrevistadores – para os quais o entrevistado chega e sobra.

Sei bem que podemos encontrar as suas análises do noutras sedes, onde pode falar à vontade sem ter abelhudos a atrapalhar. Parece até, a quem vê aqueles vídeos no Youtube, que os sul-americanos admiram e respeitam mais a sua figura que os “jornalistas e ofícios correlativos” cá da casa.

Faço a respeitosa continência a V. Exa. e só não dou a ordem de “apresentar armas” porque sou um homem de paz. Até ver.

José Gabriel, oficial atirador de artilharia, aposentadíssimo, mas não morto.

P.S. E podem ver o vídeo da altercação, abaixo.


Contenha-se minha senhora

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