As Sebastianas de dois mil e
doze foram um êxito. Não é que as que as antecederam também não tenham sido. Só
que derivado à conjuntura política, crise e desconfiança do rumo do País
levasse a que festeiros e população de Freamunde receassem que iam ser de fraca
qualidade. Mas o punhado de jovens que compunham a Comissão de Festeiros
(Sebastiões), tudo fizeram para contrariar os nossos receios.
Foto da Comissão de Festas Sebastianas
com o Pároco de Freamunde
(Padre Brito)
O carinho que antes umas horas
as voluntárias/os empregam no arranjo do tapete ao longo de tudo o percurso da
procissão o que não é pouco. Só para dar uma ideia passa dos dois mil metros.
Ir a acompanhar a procissão e
ver a devoção que todos prestam ao Mártir S. Sebastião e ficarem petrificados
com a beleza dos seus andores, o número de figurantes, o nível do guarda-roupa,
as confrarias e representação de todas as colectividades Freamundenses. É
reconfortante chegar à segunda-feira de festas e na hora da marcha alegórica ver nos rostos dos
Freamundenses e de quem nos visita o seu deslumbramento e alegria estampado nos
seus rostos. O que dançam e cantam principalmente quando passam os grupos de samba, de bombos e o Rancho
Folclórico a cantar “Ao Freamunde ao Festas Sebastianas”.
Tudo isto é bonito e sentido
pelos Freamundenses. Há quem diga que somos um povo sui generis. E não se
enganam. Há quem nos visite e não saiba que as Sebastianas têm o suporte dos
Freamundenses e que não é uma festa Concelhia. Houve um grupo que actuou, acho
que foi os Clã, que quando souberam que tudo é obra da Comissão de Festas e
população de Freamunde admiraram-se como é possível.
A nível de cartaz de
espectáculo damos meças aos que se realizam por este Portugal fora. O
entusiasmo e afluência são dignos de registo. Os artistas convidados ficam
comovidos e agradecidos pela forma como são recebidos. As Bandas Filarmónicas quer
a de Freamunde ou a convidada, este ano a de Arcos de Valdevez, ficaram
encantadas com a forma que foram aplaudidas, principalmente no concerto
nocturno. Depois fica bem a Comissão agraciá-los com uma lembrança de
Freamunde. Temos fama de bem receber e vamos preservá-la.
Quando há muitos, muitos anos,
um grupo de homens se lembrou de festejar S. Sebastião não lhes passou pela
mente a fama que as Festas da Vila – era assim como eram tratadas – vinham a
alcançar. Estejam onde estiver, devem sentir orgulho no que legaram a seus
“filhos”. Comissão atrás de Comissão tudo fazem para que as Sebastianas sejam
uma realidade e êxito. Todos são obreiros. Não há mérito de um ou de outro.
Valem pelo seu todo. Quando são eleitos uma grande parte não se conhece mas a
partir daí tornam-se numa família. Para pertencer à Comissão é preciso residir
em Freamunde. Houve e há muitos que têm laços com Freamunde por causa do
matrimónio, por residir derivado ao seu trabalho ou por opção.
Há anos, para aqui
permanecerem, levávamo-los a beber água ao fontenário do Agrelo, como secou, ou
a sua água está imprópria para consumo, usamos as Sebastianas para essa
finalidade. Quem pertencer ou pertenceu à Comissão de Festas Sebastianas nunca
mais quer sair de Freamunde. E quem nos visita pela primeira vez nas
Sebastianas fica viciado por elas. É da maneira como é recebido ou pela forma
como vêem como as vibramos.
Em Freamunde somos assim.
Festa na alegria e Alegria na festa.
Foi um punhado de vinte e sete
festeiros que tornaram realidade as Sebastianas de dois mil e doze. Freamunde
não lhes fica obrigado. É obrigação dos Freamundenses dar-lhe continuidade.
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