Mais uma vez fui ver a peça de teatro, Amor de Perdição. A primeira para me inteirar do valor da peça. Gostei. A segunda foi para me inteirar melhor do valor artístico de todos os actores. Gostei ainda mais.
Ao me declarar fascinado, podem julgar um amor bairrista, julgo que não, pelo facto de ver público de fora de Freamunde a ficar deslumbrado, digo deslumbrado, pelos aplausos que presenteiam as actrizes e actores no final da peça, de pé, não se cansam de aplaudir. Fui a terceira vez. Munido de uma máquina de filmar, com a finalidade de filmar, para expor os vídeos no meu blogue.
Foi no dia cinco de Fevereiro, dia de Santa Águeda, às vinte e uma e trinta horas. Ao contrário da primeira vez, esteve um dia de sol e o começo de uma noite não muito fria, o público primou pela ausência, apesar de todos os sócios serem convidados pela direcção da Associação Cultural e Recreativa Pedaços de Nós, a assistir ao espectáculo que era de graça para o público.
É desolador para actrizes e actores verem tão pouco público. Apesar da disponibilidade que têm de ensaiar, chegar ao dia do espectáculo, ver a ausência de público deve de ser confrangedor.
Depois vem os profetas dizerem que Freamunde está a definhar. Se não sabemos dar valor ao que é nosso como vamos exigir que este punhado de homens e mulheres estejam sempre disponíveis para fazer de Freamunde uma terra de cultura. Há coisas que custa a compreender.
Meti-me numa tarefa à qual desconhecia, vejo muitos vídeos mas não sei o trabalho que requerem, desde as filmagens, tem de se ter bastante experiência e uma certa queda, o tempo faz o artista desde que a tenha. Não fui prevenido com um tripé e aí paguei esse esquecimento, tanto fisicamente, – os braços já não aguentavam mais - como no valor da filmagem, a casa, Associação de Socorros Mútuos, também não ajuda.
Muito ruído das cadeiras com o movimento dos seus ocupantes, actrizes, actores e público bastante constipado, derivado ao vírus da gripe que assolou Freamunde, - não faltou tosse - contribuiu para haver mais ruído.
Entre o fazer algo menos perfeito e não fazer nada, entendo que é melhor a primeira hipótese, assim deixa-se algo filmado e escrito para os nossos vindouros. Por mim tudo farei para que isso aconteça.
Em Freamunde temos valores que não são falados ou conhecidos pelo motivo de não haver um Arquivo Geral para esse efeito e assim se perdem coisas valiosas. Um exemplo: onde há um arquivo do Grupo Teatral Freamundense? Do S. C. Freamunde? Das festas Sebastianas? Da Banda de Música? Se não é de há uns anos para cá, desde a era dos blogues, não se recuperaria nada.
Há pessoas e Associações, tais como Junta de Freguesia, que devia primar para que os acontecimentos ou notícias sejam preservadas. De pequenas histórias se faz as grandes terras.
Vamos a isso e ao teatro.

Uma dúvida, foram respeitados os direitos de divulgação da colocação da peça integral neste blog e no You Tube?
ResponderEliminarBom trabalho...Força continuem...
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