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sábado, 28 de agosto de 2010

Ilha da Madeira:




Em mil novecentos e noventa e nove, mais precisamente no mês de Junho, fui trabalhar para a ilha da Madeira. Conhecia superficialmente algumas partes da ilha, em Julho de noventa e oito tinha ido passar dez dias de férias a casa do meu irmão.
Quando cheguei ao aeroporto de Santa Catarina, no concelho de Santa Cruz – não entendo o motivo porque que lhe chamam aeroporto do Funchal, cá para não destoarmos também temos o aeroporto Francisco Sá Carneiro, em Pedras Rubras, e chamam-lhe aeroporto do Porto, coisas chiques - tinha motorista à minha espera para onde fui trabalhar, foram-me esperar.

 A ilha da Madeira para mim é de uma beleza impar. O concelho do Funchal está rodeado de belíssimas paisagens mas dos sítios mais bonitos, para mim, é o lugar do Monte.
Percorri quase toda a ilha, à de Porto Santo, fui em 1998 quando fui de férias à Madeira. É uma ilha bastante pequena, era muito atractiva, agora não sei, é natural que sofresse modificações, espero que não, para mal já basta o que fizeram à da ilha da Madeira.
Câmara de Lobos é muito pitoresca, nota-se uma certa pobreza. É muito frequentada por turistas e a sua Niquita e Poncha são uma delícia assim como a espetada. Quem quer ser bem servido nestes condimentos deve-se deslocar a Câmara de Lobos aos restaurantes S. António e Lagar. Faz-me lembrar o uso que temos cá, se queremos comer bom leitão vamos à Bairrada e se for um bom marisco a Matosinhos.
Ribeira Brava também é um pólo de turismo embora note um certo atraso em relação a 1998. Pode ser que quando visitamos alguma coisa pela primeira vez os nossos olhos ficam com essa imagem para toda a vida, mas desculpem-me os habitantes de Ribeira Brava, que a vejo assim, isso é que vejo.
Ponta do Sol a maioria das vezes passava e não parava. Notava-se que era pequena mas bem arranjada e sempre que ali passava lembrava-me da canção do Max, "Casei com uma velha da Ponta do Sol" ".
Calheta com a sua praia de areia artificial. Na ilha Madeira não existe praias de areia, só com calhau, como dizem os madeirenses, com areia só em Porto Santo. Um dia em conversa com uma madeirense fiz-lhe essa observação e como há rivalidade entre eles deu-me como resposta: ainda bem. Já viu o desconforto que quando faz vento ninguém pode estar na praia além de nos sujarmos todos.
Santana é uma cidade bonita com as suas casas típicas e gente laboriosa. Gostei bastante de Santana. Quando por ali passava ia a S. Jorge para almoçar no restaurante Bragado´s. Comia-se  bem, barato, era-se bem atendido. Uma simpatia de empregadas. 
Porto Moniz com as suas piscinas naturais tem bastante beleza e é ponto obrigatório de visita. Diariamente é visitada por centenas de turistas. Foi um dos concelhos que sofreu modificações, para melhor, vale a pena a sua visita.
S. Vicente é atractiva tem um dos maiores “Furados” (Túneis) da ilha da madeira. As suas serras e a Laurissilva são de uma beleza única, oxalá seja considerada uma das sete maravilhas.
Santa Cruz era o concelho a que pertencia, vivia no lugar da Abegoaria, na freguesia do Caniço. Era uma freguesia em franco progresso e hoje ultrapassa o concelho. A Santa Cruz ia com regularidade, gostava do ambiente, era calmo, a sua praia bastante frequentada. Passava parte do meu tempo no café com esplanada junto ao jardim, de vez em quando ia até às piscinas. Quando ouço falar de Santa Cruz e sendo por bons motivos, fico contente, gostei do tempo que ali passei.
Machico foi das cidades que mais cedo conheci, era de lá um amigo que muito prezo e foi esse o motivo. Ainda hoje gosto de Machico, naquela altura estava muito atrasada, fruto da Câmara Municipal não pertencer ao PSD, era na altura a única e por isso sofreu essa ousadia. Hoje parece outra mas por vezes a fome é tanta que a fartura acaba por provocar um enfarte. É o que está a acontecer a Machico.

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