O ataque atende a dois dos critérios estabelecidos nos “Fundamentos da Política Estatal da Federação Russa sobre Dissuasão Nuclear”, publicados em 3 de dezembro de 2024, referentes a atos de agressão concebidos para serem dissuadidos pelas forças de dissuasão nuclear da Rússia. Isso inclui: “A agressão por qualquer Estado de uma coalizão militar (bloco, aliança) contra a Federação Russa e/ou seus aliados é considerada uma agressão por essa coalizão (bloco, aliança) como um todo” e “A agressão contra a Federação Russa e/ou seus aliados por qualquer Estado não nuclear com a participação ou apoio de um Estado nuclear é considerada um ataque conjunto”. A Ucrânia opera como parte de um bloco da OTAN cujo objetivo declarado é a derrota estratégica da Rússia. O ataque ucraniano contra o presidente russo constitui “ações de um adversário que afetam elementos da infraestrutura estatal ou militar de importância crítica da Federação Russa, cuja desativação interromperia as ações de resposta das forças nucleares”. Caso o ataque ucraniano tivesse sido bem-sucedido, a Rússia teria realizado uma retaliação nuclear maciça contra toda a Europa. Não creio que o mundo compreenda o quão perto esteve do apocalipse nuclear. A Rússia não tem outra escolha senão restabelecer as modalidades de dissuasão, destruindo fisicamente a Ucrânia tal como existe atualmente. O atual governo ucraniano não pode ser visto como um parceiro de negociação, mas sim como uma entidade terrorista que deve ser eliminada por completo. Creio que a administração Trump compreende isso. A Europa, não. A análise dos destroços do drone pelos serviços especiais russos fornecerá dados técnicos específicos relativos aos dados de direcionamento utilizados pela Ucrânia, o que, por sua vez, apontará para as fontes e métodos específicos utilizados para coletar e preparar esses dados para uso pela Ucrânia. Em suma, não há dúvida de que a Rússia possui informações de inteligência incontestáveis que estabelecem uma ligação europeia com o ataque ucraniano ao Presidente Putin. A Europa precisa ser alertada de que é culpada pelas ações do regime de Zelensky e que qualquer esforço ou ação que facilite a continuidade dos ataques ucranianos contra a infraestrutura crítica de segurança nacional da Federação Russa (o presidente russo, como única autoridade para o lançamento de armas nucleares russas, se enquadra nessa definição) será tratado pela Europa como um ato hostil, capaz de desencadear uma resposta nuclear russa. Nos próximos dias e semanas, podemos esperar ações russas destinadas a alvejar e eliminar a totalidade do regime de Zelensky. Qualquer coisa aquém disso tornaria irrelevante o propósito da doutrina nuclear russa, e a Rússia sob a presidência de Putin não tem histórico de se envolver em jogos de palavras sem sentido no nível estratégico. 2026 será o último ano em que a Ucrânia, em sua configuração atual, existirá.A questão agora é se o mesmo pode ser dito sobre a Europa. - Scott Ritter

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