Na impossibilidade de levar a julgamento os quatro que, nas Lajes, traíram a verdade, o direito e a ética, para executarem o plano gizado pela dupla Bush/Dick Cheney, o desprezo seria o lenitivo para a raiva e o nojo que sentimos, mas os efeitos colaterais não nos deixam em paz.
Destruído o país, após a matança, o Iraque virou campo de treino do terror islâmico e o Irão tornou-se potência nuclear, o que levou Trump e Netanyahu a bombardear o País.
Da promessa de democratização, usada para consumo da opinião pública internacional, não mais se ouviu falar. A nova Constituição acolheu o Corão que, como é sabido, respeita igualmente a democracia, o álcool, a mulher e a carne de porco.
A infâmia da agressão ao Iraque foi sendo esquecida depois de Saddam ter perdido a mãe de todas as batalhas, assim como “a denúncia feita pelo The New York Times, que considerava que o dinheiro desaparecido podia ultrapassar 50 mil milhões de dólares e que o valor real poderia nunca ser esclarecido”.
E não foi. Há 19 anos Saddam Hussein foi enforcado, condenado por crimes contra a humanidade.
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