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domingo, 2 de março de 2025

Alguém sabe se o Presidente já foi comer um gelado ao Santini ou levantar dinheiro ao multibanco?

Alguém sabe se o Presidente já foi auscultar a perplexidade popular ao eixo Santini-Portugália?
Alguém me sabe dizer se o Presidente já foi mostrar o Pátio dos Salgados à sua ajudante de campo?
É isto que causa o declínio das instituições democráticas: a dualidade de critérios.
Alguém sabe se o ex-líder da oposição já pediu a sua própria demissão, depois de, como Primeiro-Ministro se recusar a responder a jornalistas, a prestar esclarecimentos ao país e de mentir ao parlamento, ocultando que recebia 15 mil euros em avenças, enquanto ali jurava retidão ética?
Alguém sabe se o Primeiro-Ministro continua tão preocupado com os jovens portugueses que não conseguem sair de casa dos pais ou ter um emprego com salário decente, agora que tem a distinta lata de dizer que os seus filhos de 19 e 23 anos não podem ser prejudicados na sua "atividade profissional"; ou seja, no seu delírio, receber 900 mil euros em 4 anos, só porque o papá tem amigos poderosos?
Alguém me sabe dizer se o Primeiro-Ministro ainda tem cara para sair à rua?
É isto que causa o declínio das instituições democráticas: a dualidade de critérios.
Mas, quem lida com a vida pública sem taticismos, não pode ter medo. Nem de levar as suas posições até às últimas consequências.
As pessoas já estão fartas de dissimulação.
Falemos claro. O país está parado. Não há nenhuma visão sobre o que se quer para o país. Limitaram-se a gastar o dinheiro herdado por uma governação criteriosa, distribuindo migalhas por grupos profissionais exauridos. Todas as promessas ruíram. Estão agarrados ao poder, que se apressaram por distribuir pelos apaniguados. O país está à deriva.
Só passaram 10 meses.
Aguentamos muito mais tempo disto? Desta falta de decoro? Desta incompetência? Desta soberba?
Quem preza o país e não se perturba com aquilo que os circuitos mediáticos possam pensar tem que colocar o interesse das pessoas comuns à frente da estratégia. Este governo não pode continuar.
Um partido que é alternativa tem que o ser em qualquer altura.

Oiça-se as/os portuguesas/es.

(Miguel Prata Roque, in "Facebook) 

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