Preconceitos e teimas, manipulados e privados de qualquer capacidade de análise, aqueles que nestes três anos com ligeireza acreditaram na ilusão de uma vitoriosa luta cósmica entre o bem e o mal, presumindo que faziam parte do polo benigno, terão hoje sofrido uma profunda decepção ao verificarem que não passam de instrumentos, súbditos e tantas vezes servos obedientes de um poder que os usa e descarta. São simples proxies.Hoje, não foi a Ucrânia que perdeu a guerra, acontecimento de somenos que era, aliás, há muito evidente para os mais perspicazes. O que hoje morreu foi o sistema euro-atlântico de sujeição montado pelo mundo anglo-saxónico e no qual os actores secundários europeus continentais jogavam papéis de figurantes. A sujeição dos actores menores foi tão profunda e durou tantas décadas que será pertinente perguntar se os europeus, de tão habituados ao jugo, se saberão libertar e auto-determinar. Tememos que não, a menos que se levante a tempestade, as águas pantanosas ganhem vida e a Europa, toda a civilização europeia, dos Açores ao estreito de Bering, se converta num energético polo de poder mundial.
Umas de maior importância que outras. Outrora assim acontecia. É por isso que gosto de as relatar para os mais novos saberem o que fizeram os seus antepassados. Conseguiram fazer de uma coutada, uma aldeia, depois uma vila e, hoje uma cidade, que em tempos primórdios se chamou Fredemundus. «(Frieden, Paz) (Munde, Protecção).» Mais tarde Freamunde. "Acarinhem-na. Ela vem dos pedregulhos e das lutas tribais, cansada do percurso e dos homens. Ela vem do tempo para vencer o Tempo."
Rádio Freamunde
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