Durante a recepção na Praça do Império presta-se a mil interpretações soturnas e empresta à cerimónia uma nota de fim de era. Os dois regimes envolveram-se numa guerra antecipadamente perdida, empurrados por delírios ideológicos e uma notória falta de informação, agravando a penitência que certamente terão de pagar por não terem acautelado o interesse nacional dos respectivos países. A derrota francesa só será diferente da nossa na proporção do peso que um e o outro países possuem no tablado internacional. Se a França foi escorraçada da África francófona, onde punha e depunha presidentes, Portugal terá perdido capital de prestígio junto da lusofonia, sobretudo no Brasil que aqui veio na pessoa do seu Presidente pedir-nos que não nos envolvessemos em demasia num conflito que não era nosso. Não sabemos ainda o que restará da França com projecção mundial após a guerra, mas no que a Portugal respeita, a doidice anti-russa não só comprometeu o entrosamento com o Brasil, como também chamuscou as excelentes relações que tínhamos com a China. Nós bem dizíamos, debalde, que não era "putinismo", nem "russismo", mas interesse nacional.
Umas de maior importância que outras. Outrora assim acontecia. É por isso que gosto de as relatar para os mais novos saberem o que fizeram os seus antepassados. Conseguiram fazer de uma coutada, uma aldeia, depois uma vila e, hoje uma cidade, que em tempos primórdios se chamou Fredemundus. «(Frieden, Paz) (Munde, Protecção).» Mais tarde Freamunde. "Acarinhem-na. Ela vem dos pedregulhos e das lutas tribais, cansada do percurso e dos homens. Ela vem do tempo para vencer o Tempo."
Rádio Freamunde
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