Rádio Freamunde

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domingo, 12 de janeiro de 2025

Ontem, seguramente, cerca de 50.000 pessoas:

Manifestaram-se percorrendo a Almirante Reis até ao Martim Moniz, pela igualdade, contra o racismo e a xenofobia.
Na cauda da manifestação, devidamente enquadrados pela PSP, ainda vieram uns 50 neo-nazis do Ergue-te e chalupas do Habeas Corpus, em atitude de provocação a que ninguém ligou patavina - assim como um dejecto que se evita pisar para não sujar o sapato e sobre o qual não se pensa mais.
Simultaneamente, o Chega organizou uma "vigília" que reuniu talvez 200 pessoas na Praça da Figueira - dos quais 50 eram os obedientes deputados a defenderem os preciosos salários que nunca sonharam auferir.
Alguma comunicação social resolveu dar o mesmo destaque jornalístico a estes três acontecimentos simultâneos, sobrepondo-os e chegando ao ponto de um canal de televisão anunciar que milhares estavam a manifestar-se, ao mesmo tempo que apareciam imagens do Ventura e do ex-juiz conhecido por um comportamento ligeiramente desequilibrado e expulso da magistratura por indecente e má figura.
O Observador anunciava que "largas centenas saíram à rua para se manifestarem" - o José Manuel Fernandes e a Helena Matos não devem ter aprendido a contar para lá de noventa e nove e depois, já se sabe, foram para Letras, não é a sua área.

Isto teria alguma graça se não fosse sintoma de uma de duas coisas : ou da absoluta incompetência de alguns meios de comunicação social, o que deveria merecer uma intervenção da ERC - exigindo, por exemplo que as notícias sejam verdadeiras e rigorosas - ou, pior ainda, significa que grande parte dos grupos de Media em Portugal estão ao claro serviço dos interesses da extrema-direita e já nem fazem o mínimo esforço para disfarçar...

João Paulo Oliveira

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