(Tiago Franco, in Facebook, 22/01/2025, Revisão da Estátua)
Como há 40 anos que faco esta ligação (Lisboa – Ponta Delgada) já tinha reparado, particularmente nos voos mais tardios, que ficavam sempre umas malas esquecidas no tapete.
Embora seja uma operação algo arriscada, ocorreu-me que levar uma malita ou outra podia ser uma atividade alternativa a esse flagelo que é ir aos centros comerciais comprar roupa.
Quando digo arriscada não é por ver ilegalidade na coisa mas sim, como compreenderão, por não saber ao certo o conteúdo. Eu gosto de roupa desportiva, visto M, não aprecio coisas apertadas mas, com a sorte que tenho, ia-me sair um daqueles gajos dos fatos, ou o cinquentão que quer ser novo e veste aqueles jeans que puxam pelo falsete ou, ainda, a velhinha que leva 14 echarpes sempre que sai de casa.
Aqui o Arruda sentiu o problema na pele e, claramente, abafou malas anos a fio até acertar com o fornecedor. Não é fácil, convenhamos, arranjar tecido de cortinado para envolver um corpo de bovino, numa mala de apenas 23 kg. Há que ir na tentativa-erro.
Não sei se vos acontece o mesmo mas cá por casa, sempre que vejo um português de bem em ação, dou logo o benefício da dúvida. Pode mesmo parecer que é só um filho da put.. assim ao longe, mas se nos aproximarmos, percebemos que, de alguma forma, está a fazer o bem e a melhorar Portugal.
Pelo empenho que o Ventura meteu no grito do “encostem-nos à parede”, aqui o Miguel só terá perdão se as malas roubadas forem de nepaleses e estiverem cheias de facas ou arroz basmati.
Há dois problemas verdadeiramente importantes aqui. O primeiro é que o Chega Acores passa a vida a cascar no prejuízo da Sata. Percebemos agora que, parte desse prejuízo, foi feito a pagar as malas que o Arruda palmou.
O outro, pelo menos para mim, é que percebi o slogan eleitoral do Chega com uns meses de atraso. “Limpar Portugal” já estava ótimo, agora que está em execução, e bem, eu acrescentaria apenas, limpar sim, mas “uma mala de cada vez”.
Do blogue Estátua de Sal
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