Sobre as manifestações - melhor, uma foi manifestação, a outra um pindérico velório fascista – na Alameda Afonso Henriques, Luís Montenegro, agitando as parcas ideias que com esforço, lhe ocorrem, proclamou esta bosta retórica: “Os extremos saíram à rua”. Lembre-se que a manifestação era convocada por valores democráticos, cosmopolitas, contra a xenofobia, o racismo, o fascismo, isto é, na defesa dos valores consagrados na Constituição da República. No seu arroto discursivo, Montenegro tenta igualar uma manifestação cívica democrática a uma concentração excrementícia de fascistas. Eu sei que o conhecimento de Montenegro sobre a Constituição e seus valores – valores, idiota, sabe o que são? – é limitado e o pouco que sabe não lhe agrada. Mas este nível de abordagem é infinitamente repugnante, daquele oportunismo que os assessores – que não são melhores que ele – lhe segredam, atirando-o para o pântano do nojo político absoluto. E ele ali fica, esbracejando, dizendo coisas deste jaez. Montenegro deve ter neurónios, como toda a gente – mas eles não se conhecem uns aos outros.
Umas de maior importância que outras. Outrora assim acontecia. É por isso que gosto de as relatar para os mais novos saberem o que fizeram os seus antepassados. Conseguiram fazer de uma coutada, uma aldeia, depois uma vila e, hoje uma cidade, que em tempos primórdios se chamou Fredemundus. «(Frieden, Paz) (Munde, Protecção).» Mais tarde Freamunde. "Acarinhem-na. Ela vem dos pedregulhos e das lutas tribais, cansada do percurso e dos homens. Ela vem do tempo para vencer o Tempo."
Rádio Freamunde
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